terça-feira, 13 de setembro de 2011

IDENTIDADE

PETER KREEFT

Fonte: http://www.catholiceducation.org/articles/philosophy/ph0011.htm

Tradução: Leandro Diniz

Nota: Aqui, como em todos os lugares, a tradução do “self” sempre causa problemas de perdas semânticas que, se não ignoradas, tornam a tradução impossível. Logo, remeto o leitor à familiarizar-se com o sefl, que aqui vai traduzido como eu. Em linhas gerais o self é a propriedade auto-reflexiva do homem; sua natureza íntima consigo mesmo; sua capacidade de se constituir-se à imagem e semelhança do que planeja, ou não, ser. Parece-me que essas três características se fundem no conceito do self, enquanto nosso Eu, devido às perdas semânticas sucessivas que sofreu em nossa linguagem, parece-me apenas apontar para uma substância já definida e extática, que funciona como um todo acabado, ao qual as pessoas sempre se referem para não deixarem de ser “si mesmas”.

O Eu humano não é um dado, um objeto, uma essência, cuja natureza essencial é imutável e garantida, como tudo o mais no Cosmos. Nossa natureza é uma tarefa que nos foi dada para atingi-la. Nós, sozinhos, podemos falhar em alcançar nossa natureza.

Esta coisa da identidade – há mais aqui do que aparenta, mais do que falam a maioria dos psicólogos, mais do que podemos compreender e o que eu vou apresentar são mais perguntas que respostas. Mas eu acho que é um ponto profundo, então eu vou dizê-lo. Este ponto, de que nossa própria individualidade é por natureza instável e incerta, este é um ponto que pasma e perplexa muitas pessoas, algo como a teoria das formas de Platão, na metafísica. O ponto é que o Eu humano não é um dado, um objeto, uma essência, cuja natureza essencial é imutável e garantida, como tudo o mais no Cosmos. Triângulos nunca podem ser não-triangulares e rochas estão sempre garantidas serem rochosas, a grama é sempre gramínea e cães são sempre caninos e gatos são sempre felinos, mas os seres humanos podem ser desumanos. Nós, sozinhos, podemos falhar em alcançar nossa natureza. Nossa natureza é uma tarefa que nos foi dada para atingi-la, não um fato que nos foi dado para simplesmente recebe-lo.

Agora foram os filósofos existencialistas, que sublinharam este tema e, muitos deles, notavelmente ateus como Sartre, inseriram-no corolários que não precisam estar junto dele; por exemplo, não há nenhuma essência humana, não há nenhum sentido e a vida é, portanto, sem sentido; temos de criar nossa própria essência e criar nossos próprios valores; que nós somos deuses e que toda a conformidade e a receptividade são ameaçadoras e desumanizantes à nossa liberdade. O ponto não requer qualquer um desses corolários. Na verdade, o ponto é muito tradicional e remonta pelo menos tanto quanto a meu amigo Boécio, novamente. Aliás, considero o velho clássico de Boécio muito tradicional – e, até entrar no Livro V e tratar da predestinação e o livre-arbítrio, não é em nada original; é apenas cópia da sabedoria antiga – noto que meus alunos acham o livro surpreendente. É-lhes revolucionário, porque a tradição é revolucionária. Em uma época quando a revolução torna-se tradição, a tradição torna-se revolução.

Então este é o ponto tradicional citado de Boécio: "O que quer que seja, deve ser bom [ele quer dizer, ontologicamente bom, não necessariamente moralmente bom]. Daí resulta, que tudo o que perde sua bondade perde seu ser. Assim, homens ímpios deixam de ser o que eram. Dar-se ao mal é perder sua essência humana. Assim como a virtude pode elevar uma pessoa acima da natureza humana, o vício pode reduzir, aqueles a quem seduziu, da condição de homem, abaixo da natureza humana. Por esta razão, quem você encontrar transformado pelo vício não pode ser realmente considerado um homem [ou no caso, um hobbit. Gollum é um ex-hobbit, um Hobbit falhado. E o Nazgûl é um ex-homem, ou ‘não homem’ (Un-Men), para usar o termo arrepiante de C. S. Lewis em Perelandra]." Boécio continua: "o homem que é orientado pela avareza … é um lobo. O homem inquieto, irritado, que passa sua vida em brigas nós devemos compara-lo a um cão. O conspirador traiçoeiro que rouba por fraude pode ser comparado a uma raposa; o homem que é governado pela raiva destemperada, pensamos corretamente ter a alma de um leão. O homem tímido e medroso que treme sem motivo é como um cervo; o companheiro preguiçoso e estúpido é como um burro. O homem volátil e inconstante, que continuamente muda de direção, é como um pássaro; o homem que está afundado em suja luxúria está preso nos prazeres de um porco imundo."

Agora, essas não são analogias hábeis. Ele não está fazendo eisegese, está fazendo exegese. Ele está olhando para as pessoas que estão presas a um vício e dizendo: eles estão perdendo sua natureza humana. "Dessa maneira,", conclui, "alguém que abandona a virtude deixa de ser um homem, uma vez que não pode compartilhar da natureza divina – em vez disso torna-se uma besta". "Não pode compartilhar da natureza divina" – o que ele quer dizer aí? Bem, acho que ele está pensando na imagem de Deus. Se nós somos feitos à imagem de Deus, nós somos remotas participações criaturais finitas da natureza divina. Nós somos em algo como Deus. O que é Deus? Eu – o nome de uma pessoa. Logo, somos pessoas. Agora, se você está dominado pelo vício, o que você perde? Você perde a imagem divina, você perde a coisa mais sagrada de todas: sua personalidade. C. S. Lewis e Charles Williams foram ambos bastante incisivos sobre isso. Seu retrato do inferno: um cenário onde você não podia mais dizer Eu. Você já não pode pronunciar a palavra sagrada; você perdeu-se. E Tolkien nos mostra tal pessoa em Gollum. Ele gradualmente perde a capacidade de dizer Eu; ele diz Nós.

Tolkien, como C. S. Lewis, conhecia o sehnsucht, este desejo misterioso de algo que-não-sabemos-o-que, algo além deste mundo. E como Lewis, ele pensava que isto nos leva ao nosso verdadeiro Eu, mas significa esquecermos de nós mesmos. Sehnsucht é auto-esquecimento. É metade do paradoxo de que se você perder seu Eu você vai encontrá-lo. E o vício é a outra metade. Se você encontrar seu Eu, se você alcançá-lo, você vai perdê-lo. Quando o objeto que desejamos por sehnsucht realmente é Deus, ou atributos divinos como verdade, bondade e beleza, você não pode possuir esse objeto. O objeto não é possuível, somente ele pode possuir você. E, paradoxalmente, só então estamos realizados; só então nossa essência é estabilizada: quando não possuímos o objeto que desejamos, mas ele nos possui.

Por outro lado, a violação do primeiro e maior mandamento – que é idolatria, ou seja, fazer outra coisa que não Deus nosso deus, fazer alcançável nosso objetivo e, em seguida, possuí-lo; então você está desfeito – foi o que aconteceu no Éden. Uma vez que colocamos as mãos no fruto desejado, o efeito horrível ocorreu imediatamente: ele colocou suas mãos sobre nós. O Eu foi "des-Eu-zado" [unselfed] – não preenchido ou realizado, mas esvaziado, devastado. O objeto, a maçã, transformou-se num deus e nós nos encolhemos em seus escravos. Trocamos posições; nós nos tornamos os objetos, as coisas, e ele tornou-se o sujeito, o eu, o senhor, o deus. Descobrimos nossa identidade no que era menor que nós mesmos, em algo que poderíamos possuir. Então, fomos possuídos por nossa posse ou por nossa possessividade. Que é precisamente a psicologia de Sauron e o Anel. Nós, que começamos como Adão (Homem) nos tornamos o golem, o "não homem". Acho não foi por acaso que Tolkien escolheu o nome Gollum para Smeagol; na lenda judaica, certamente, golem é o "não homem". Gollum ilustra uma metade do paradoxo; Frodo e Sam ilustram a outra metade. Eles se alcançam e se salvam porque eles se doam – para outros, para o Condado, para o mundo; não para alguma causa abstrata, mas um para o outro e para o Condado – coisas concretas.

Em contraste, Gollum está obcecado com sua causa, com sua possessão do anel. Ele não tem mais quase nenhum eu sobrando, ele é tão egoísta. Ele fala consigo mesmo mais do que com os outros. Ele não faz distinção entre ele mesmo e seu "Precioso". Ele está confuso sobre quem é. Fala de si mesmo na terceira pessoa: "Não os deixe machucar-nos, Precioso!" Ouça: "Não os deixe machucar-nos, Precioso!" É o Anel que é agora o Precioso e Gollum perdeu sua preciosidade, seu valor. Ele tornou-se escravo do Anel; este se tornou seu mestre. Isso é fetichismo. Você venera o fetiche. Você deixa o objeto tornar-se seu sujeito, seu mestre. Na verdade, o objeto agora se tornou a pessoa, o eu, o ator, e Gollum tornou-se seu objeto, sua "coisa". Ele colocou sua alma dentro do fetiche, exatamente como Sauron fez quando fabricou o Anel, de modo que sem aquela coisa sua alma está literalmente dividida em dois. Ele não é nada. Ele não consegue distinguir-se do anel; ele é o Anel. A pessoa tornou-se uma coisa, ele perdeu sua alma: esta é a psicologia da danação.

Tolkien esclarece enormemente o ponto em algumas de suas cartas sobre o motivo de Sauron e implica que existe um paralelismo psicológico e social, um estreito paralelismo, entre isso e algo que estamos fazendo na civilização ocidental moderna, embora não o faça clara e proclamadamente. Ele diz que quando Sauron forjou seu Anel, colocou nele muito do seu poder e, portanto, muito do seu eu, uma vez que é com o poder que ele se identifica ou onde encontra sua auto-identidade. Assim, tanto para Sauron quanto para Gollum, perder o Anel é perder seu eu. E aquele que perdeu seu eu, que tem como eu apenas o vazio e as cinzas, sempre exigirá reduzir todos os outros eus à vacuidade e cinzas. E é por isso que Sauron precisa reduzir toda a Terra-Média a cinzas, às suas cinzas, a si mesmo. É o desejo de morte. Você encontra isso, obviamente, em tiranos como Hitler. Mas isso é o que fazemos, quando nos identificamos com nossas coisas. George MacDonald diz, “um homem está escravizado a tudo aquilo que, sendo menor do que ele mesmo, não pode prescindir." Isso é assustador. Sauron é incomodamente familiar. Ele é apenas um exagero ou uma hipertrofia de nós, ou, pelo menos, de uma possibilidade para nós. Por esse caminho, encontramos o tenente do Portão Negro de Barad-dur; que sai ao Portão Negro para encontrar os Sete Mil, naquela última cena. Tolkien diz, "seu nome não é lembrado em nenhum conto; ele próprio tinha o esquecido, e ele disse: 'Eu sou a Boca de Sauron'".

Uma das coisas sobre as quais é quase impossível falar na literatura moderna é a danação. Tolkien o faz sem usar a palavra. Penso – apenas como uma suspeita pessoal – que até mesmo os descrentes têm medo da morte, principalmente, não por causa da dor, pois a maioria das mortes não são dolorosas, embora algumas sejam, e nem mesmo porque amam tanto a vida, que a perderão e acreditam que jamais a conseguirão de volta (o que é mais grave), penso, lá no fundo, eles sabem que nós não sabemos o que vem depois, mesmo que finjamos convicção, nós não sabemos. Dessa maneira, ninguém sabe que o inferno não existe e que eles não vão para lá – mesmo o menor ingrediente desse medo absoluto é assustador, mas nós não ousamos dizê-lo. Assim, quando Tolkien mostra isto numa obra, é impactante. De vez em quando você vê isso na arte popular, como no filme Ghost. Lembram daquela cena, onde os demônios pretos saem da escuridão e arrastam um bando de delinquentes juvenis, que estão matando alguém –eles os arrastam para fora do tempo e do espaço, obviamente para o inferno? Que cena surpreendente.

Aqui está como Lewis expressa o ponto da volatilidade de um eu, ou a fragilidade de um eu – novamente, em Cristianismo Puro e Simples, que penso, a propósito, ser uma obra-prima absoluta, um dos livros mais importantes do século XX; e se fosse preciso dizer qual o aspecto do cristianismo destacou-se no século XX, como o de maior progresso, provavelmente eu diria: o ecumenismo, e se você me perguntasse qual singular obra ou o autor fez o máximo para isso, eu diria: este livro. Eu acho que a outra grande conquista de Lewis é algo, aliás, que nenhum outro autor em toda a história da literatura humana jamais conseguiu fazer: apresentar Jesus Cristo como um personagem atraente; ele fez isso nas Crônicas de Nárnia. Inúmeras pessoas são pegas desprevenidas, especialmente as crianças, se apaixonando por Aslan, muitas vezes dizem, "Eu amo Aslan mais do que eu amo Jesus; isso é muito ruim?" E a resposta de Lewis, claro, é: Não, Aslan é Jesus. Como eu posso amar a Aslan mais do que a Jesus? Bem, eu peguei você distraído. Você sente por Aslam, espontaneamente, o que os contemporâneos de Jesus sentiram por Ele. Qual outro livro sobre Jesus consegue fazer isso? Eu não sei de nenhum. É um feito surpreendente. Ele apenas faz isso, é claro, mergulhando no mito: Aslan é um leão, não um homem e está em Nárnia, não na terra. Então afastar do familiar é a única maneira de torna-lo mais familiar – bem, aqui está como ele explica em Cristianismo Puro e Simples, a outra grande obra-prima, o ponto sobre a instabilidade o eu: "sempre, que você faz uma escolha, está transformando a sua parte central, a parte de você que escolhe [ele que dizer o Eu], em algo um pouco diferente do que era antes. E, tomando a sua vida como um todo, com todas as suas inumeráveis escolhas, ao longo de toda a sua vida, você, lentamente, está transformando essa coisa central ou em uma criatura celestial ou numa criatura infernal: ou numa criatura que está em harmonia com Deus, com outras criaturas e consigo mesmo, ou então em uma que está num estado de guerra e ódio com Deus, com seus semelhantes e consigo mesmo. Ser aquele tipo de criatura é o paraíso: ou seja, é alegria, paz, conhecimento e poder. Ser o outro significa loucura, horror, idiotice, raiva, impotência e solidão eterna. Cada um de nós a cada momento está progredindo rumo a um estado ou outro."

E é claro que você vai pensar, se você já leu Peso de Glória, no melhor parágrafo que Lewis jamais escreveu, aquele último parágrafo do sermão dourado, sobre não existir nenhuma criatura comum: Sempre que você interage com outro ser humano, você está ajudando a transformar a si mesmo e àquela outra criatura tanto em algo tão celeste, que se você o visse agora estaria fortemente tentado a curvar-se e adorá-lo, ou então em algo tão horrível que só poderia ser encontrado num pesadelo. E nós estamos sempre ajudando uns aos outros, em direção a um desses dois destinos, em cada pequena escolha que fazemos.

Uma outra citação de Cristianismo Puro e Simples, deste ponto sobre a volatilidade do Eu (este é o último parágrafo do livro): "Até que você tenha se entregado a Cristo, não terá um verdadeiro eu. … Deve haver uma real desistência do eu. Você deve joga-lo fora, "às cegas", por assim dizer. Cristo, de fato, lhe dará uma personalidade real: mas você não deve ir a Ele por causa disto. Enquanto sua própria personalidade é o que te incomoda, você não está, de todo, indo para Ele. O primeiríssimo passo é tentar esquecer completamente sobre o eu".

Ele diz em outro lugar que esta é a definição de humildade. Humildade não significa ter uma baixa visão de si mesmo. Significa não ter nenhuma visão de si mesmo. Ter uma baixa visão de si mesmo é miserável; psicólogos sabem disso. A humildade também é a solução para o problema da introspecção. Se eu me pergunto, "como estou indo?" Eu tenho uma das três respostas: "bem", "terrivelmente" ou "mais ou menos". Se eu disser que estou indo bem, eu sou um fariseu pedante e vaidoso, orgulhoso, convencido e arrogante; se eu disser que eu estou indo mal, eu sou um verme miserável com um complexo de culpa e preciso de algum psiquiatria; e, se eu digo que estou num tipo de meio termo, logo eu sou um enfadonho e insosso Charlie Brown. Então, qual é a solução? Não olhe para si mesmo. Meça sua temperatura quando você estiver doente; caso contrário, olhe para outras pessoas e para Deus. Eles são muito mais interessantes.

O primeiro passo é tentar esquecer-se completamente. Seu verdadeiro eu, seu novo eu, não virá, enquanto o estiver procurando. Ele somente virá quando você estiver procurando por Ele. Isto soa estranho? Não deveria soar. O mesmo princípio vale para as outras questões cotidianas. Mesmo na vida social: você nunca pode causar uma boa impressão nas outras pessoas, até que você pare de pensar sobre qual tipo de impressão está causando. Mesmo em literatura e arte: ninguém que se preocupa com a originalidade pode jamais ser original. Ao passo que, se você simplesmente tentar dizer a verdade, sem se preocupar um segundo sequer em quantas vezes ela foi dita antes, você, nove vezes de dez, tornar-se-á original, sem nunca o ter notado. Este princípio pervade toda a vida, de cima a baixo: desista de si mesmo e você vai encontrar o seu verdadeiro eu. Perca seu eu e salva-lo-á.

Submeta-se à morte – morte de suas ambições, seus desejos favoritos, todos os dias, e a morte de todo o seu corpo no final; submeta-se com cada fibra de seu ser, e você vai encontrar a vida eterna. Não mantenha nada. Nada do que você não tiver dado, nunca será realmente seu. Nada em você que não tenha morrido nunca poderá ser ressuscitado dos mortos. Olhe para si mesmo e você encontrará, a longo prazo, apenas ódio, solidão, desespero, raiva, ruína e decadência. Olhe para Cristo e você vai encontrá-Lo e com ele todo o resto através dele. Ou, como disse uma vez o homem mais prático que já viveu, e esta é minha candidata para a frase mais prática já proferida na história do mundo, "O que é que aproveita o homem, se ele ganha o mundo inteiro e perde seu próprio eu?" Pessoas ouvem isto e resistem, porque, sendo direto e desafiador, é familiar. Eles lêem a história de Tolkien e vêem e não conseguem resistir.

Palestra de Peter Kreeft sobre
Identidade (em inglês)
(18 minutes) (5.3MB)

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AGRADECIMENTOS:

Peter Kreeft. “Identidade.” uma palestra no Trinity Forum Academy (6 de junho de 2005)

O AUTOR:

Peter Kreeft, Ph.D., é professor de filosofia do Boston College. Ele é ex-aluno do Calvin College (1959 Humanidades) e Fordham University (Mestrado em 1961, Ph.D. em 1965). Ele ensinou em Villanova University entre 1962-1965 e está no Boston College desde 1965.

É autor de inúmeros livros (mais de quarenta e contando), incluindo: The Snakebite Letters, The Philosophy of Jesus, O Manual do Peregrino Moderno, Prayer: The Great Conversation: Straight Answers to Tough Questions About Prayer, Como Vencer a Guerra Cultural, Love Is Stronger Than Death, Philosophy 101 by Socrates: An Introduction to Philosophy Via Plato's Apology, A Pocket Guide to the Meaning of Life, e Before I Go: Letters to Our Children About What Really Matters. Mais em português: Buscar Sentido no Sofrimento, Jesus - O Maior Filósofo Que Já Existiu, Socrates e Jesus: o Debate, Manual De Defesa Da Fé - Apologética Cristã, A Arte de Virar o Jogo. Peter Kreeft está no Conselho Consultor do Catholic Education Resource Center.