sexta-feira, 13 de março de 2009

A fundamentação darwiniana do comunismo
por Jerry Bergman *
Primeiramente publicado Abril de 2001 em TJ 15(1):89-95,
www.answersingenesis.org **

Resumo:
Uma revisão nos escritos dos fundadores do comunismo mostra que a teoria da evolução, especialmente como ensinada por Darwin, foi criticamente importante para o desenvolvimento do comunismo moderno. Muitos dos arquitetos principais do comunismo, incluindo Stalin, Lênin, Marx e Engels, aceitaram a visão de mundo retratada no livro do Gênesis até que eles foram introduzidos a Darwin e outros pensadores contemporâneos, que resultaram em última análise no abandono daquela visão de mundo. Além disso, o darwinismo foi criticamente importante na sua conversão ao comunismo e a uma visão de mundo que os levou em uma filosofia baseada no ateísmo. Em adição, à idéia central comunista de que a resolução pela violência, no qual o mais forte prevalece sobre o mais fraco, era natural, parte inevitavelmente do desdobramento da história dos conceitos e concepções darwinianas.

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O darwinismo como uma visão de mundo foi um fator crucial, não somente em influenciar o desenvolvimento do Nazismo, mas também na ascensão do comunismo e o holocausto comunista que, por uma estimativa, ceifou a vida de mais de 100 milhões de pessoas.[1] Marx, junto com seus antecedentes, associados e sucessores, foi um evolucionista doutrinário que tentou construir sua sociedade em premissas evolucionistas. Existem documentações abundantes dessa avaliação e, poucos ainda vão contestar isso.[2]

Beate Wilder-Smith sugeriu que a evolução é

"uma fundação central da doutrina marxista hoje em dia. Os nazistas estão convencidos, assim como comunistas hoje, que a evolução tomou lugar, que toda biologia tem envolvido saltos espontâneos, e que nos links intermediários (ou os tipos menos evoluídos) devem ser erradicados ativamente. Eles acreditam que a seleção natural pode e deve ser ativamente reforçada, e além disso instituídas medidas políticas para erradicar os incapacitados, os judeus, e os negros, que eles consideram como "não desenvolvidos" [ênfase do original]." [3]

Muitos extremistas estavam ativos antes de Darwin publicar seu trabalho seminal, On the Origin of Species, em 1859, mas como a fé religiosa prevaleceu entre ambos os cientistas e os não-cientistas antes de Darwin, foi extremamente difícil para que esses radicais persuadissem as massas a aceitar ideologias comunistas (ou outras esquerdistas). De certa forma por essa razão, as nações do Ocidente bloquearam o desenvolvimento da maior parte dos movimentos radicais por séculos. Darwin, entretanto, abriu a porta para o marxismo ao prover o que Marx acreditava ser uma racionalização "científica" para negar a Criação e, por extensão, negar Deus.[4] Sua negação de Deus, e seu conhecimento de Darwin, inspiraram Marx a desenvolver sua nova visão de mundo sem deuses conhecida hoje como comunismo. E assim como outros darwinistas, Marx aproveitou sua visão de mundo comunista como "científica" e, assim como, empregou um "método científico e visão científica".[5] Bethell nota que Marx admirava o livro de Darwin,

"não por razões econômicas, mas pela razão mais fundamental de que o universo de Darwin era puramente materialista, e a explicação disso não mais envolvia nenhuma referência a causas não observáveis e não materiais fora ou "além" disso. A esse importante respeito, Darwin e Marx eram verdadeiros camaradas... ."[6]

E Hofstadter, um historiador, notou que muitos dos primeiros marxistas ortodoxos "sentiam-se em casa nas redondezas darwinianas. Nas prateleiras das livrarias socialistas na Alemanha as palavras de Darwin e Marx estavam lado a lado."[7] Ele adicionou que os livros comunistas "que vieram em grandes quantidades das editoras Kerr em Chicago [a maior editora de livros comunistas dos EUA] eram freqüentemente adornadas com citações conhecidas de Darwin, Huxley, Spencer e Haeckel." [7]

Karl Marx

Nascido em 1818, Marx foi batizado como luterano em 1824, freqüentou a escola elementar luterana, recebeu congratulações pelos seus "sérios" ensaios sobre tópicos morais e religiosos, e foi avaliado pelos seus professores como "procifiente moderado" em teologia (sua primeira obra escrita foi sobre o "amor de Cristo")[8-9-10] até que ele encontrou os escritos e idéias de Darwin na Universidade de Berlim. Marx escreveu sem cansar até sua morte, produzindo centenas de livros, monografias e artigos. Sir Isaiah Berlin até disse que nenhum pensador "no século dezenove foi uma influência tão direta, deliberada e poderosa sobre a humanidade como foi Karl Marx".[11] Marx via o mundo vivo em termos darwinianos da luta pela "sobrevivência do mais adaptado", envolvendo o triunfo do mais forte e a submissão do mais fraco.[12] Darwin ensinou que a "sobrevivência do mais adaptado" existia entre todos os tipos de vida. Dessa idéia Marx acreditou que a maior "luta pela existência" entre os humanos acontecia primariamente entre as classes sociais. Barzun[13] concluiu que Marx acreditou que sua obra era o paralelo exato de Darwin, e que,

"assim como Darwin, Marx pensou ter descoberto a lei do desenvolvimento. Ele via a história em estágios, assim como os darwinistas enxergavam os estratos geológicos e as sucessivas formas de vida. ...ambos Marx e Darwin fizeram da luta os meios do desenvolvimento. Novamente, a medida de valor em Darwin é a sobrevivência com reprodução - um fato absoluto acontecendo no tempo e que desconsiderada inteiramente a qualidade moral ou estética do produto. Em Marx a medida do valor é no trabalho feito - um fato absoluto que ocorre no tempo que também desconsiderava a utilidade do produto. Ambos Darwin e Marx [também] tendiam a aumentar e modificar seu absolutismo mecânico quando confrontados com objeções."[14]

Marx possuía uma dívida maior com Darwin pelas suas idéias centrais. Nas palavras de Marx: "o livro de Darwin é muito importante e me serve como base na seleção natural para a luta de classes na história. ...não só isso [o livro de Darwin] é um golpe mortal ... para a "teleologia" nas ciências naturais, mas seu significado empírico explicado."[15] A primeira leitura de Marx da Origem das Espécies de Darwin se deu somente um ano após sua publicação, e foi tão entusiástica que ele releu o livro dois anos mais tarde.[16] Ele freqüentou uma série de aulas de Thomas Huxley sobre as idéias de Darwin, e não falou de "nada mais por meses que Darwin e o enorme significado das suas descobertas científicas".[17] De acordo com um associado íntimo Marx também foi

"...um dos primeiros a enxergar o significado das pesquisas de Darwin. Mesmo antes de 1859, o ano de publicação d'A Origem das Espécies [sic] - e, por uma coincidência memorável, do Contribution to the Critique of Political Economy [Contribuição à Critica da Economia Política] de Marx - ele compreendeu a importância de Darwin ao fazer época. Darwin ... estava preparando uma revolução similar aquela que o próprio Marx estava trabalhando para ... . Marx persistiu com cada nova aparição e notou cada passo a frente, especialmente nos campos das ciências naturais... ."[18]

Berlin afirma que depois de se tornar um comunista, Marx detestava passionalmente qualquer "crença em causas supernaturais".[19] Stein notou que "o próprio Marx via o trabalho de Darwin como uma confirmação pelas ciências naturais de suas próprias idéias ...".[20] Hyman inclui Darwin e Marx entre os quatro homens que considera responsáveis pelos mais significativos eventos do século XX.[21] De acordo com Heyer, Marx estava "impregnado" com Darwin, e as idéias de Darwin claramente tiveram uma influência significativa não somente nele e em Engels, mas também em ambos Lênin e Stálin. Além disso, os escritos desses homens freqüentemente discutiam as idéias de Darwin.[22] Marx e Engels "abraçaram entusiasticamente" o darwinismo, acompanharam os escritos de Darwin, e se correspondiam com regularidade entre eles (e com outros) sobre suas reações às conclusões de Darwin.[23-24] Os comunistas reconheceram a importância de Darwin ao seu movimento e até defendiam-no vigorosamente:

"O movimento socialista reconhece o darwinismo como um elemento importante em seu panorama geral de mundo desde o início. Quando Darwin publicou seu Origem das Espécies em 1859, Karl Marx escreveu uma carta a Frederick Engels na qual disse, '...este é o livro que contém as bases em história natural para nossa visão'. ... E de todos os iminentes pesquisadores do século dezenove que nos deixaram tal rica herança de conhecimento, nós somos especialmente gratos a Charles Darwin por abrir o caminho para um entendimento evolucionista e dialético da natureza."[25]

Proeminente comunista Friedrich Lessner concluiu que Das Kapital [O Capital] e Origin of Species de Darwin foram as "duas maiores criações científicas do século."[26] A importância do darwinismo mas estimadas 140 milhões de mortes causadas pelo comunismo foi parcialmente porque:

"Claramente, para Marx o homem não possui uma 'natureza'. ... Pois o homem é somente seu próprio criador e irá conscientemente tornar-se seu próprio criador em liberdade completa da moralidade ou das leis da natureza e da natureza de Deus. ... Aqui nós vemos porque o marxismo justifica o sacrifício brutal de homens viventes hoje em dia, homens que, nesse estágio da história, são somente parcialmente humanos."[27]

Halstead adiciona que o fundamento teorético do comunismo

"...é o materialismo dialético que foi exposto com grande clareza por Frederick Engels em Anti-Dührüng e The Dialetcics of Nature [A dialética da Natureza]. Ele reconheceu o grande valor das contribuições feitas pela geologia em estabelecer que existia um movimento constante e mudanças na natureza e o significado da demonstração de Darwin que aplicou, também, ao mundo orgânico. ... O coração da questão de toda a rede teorética, entretanto, está na natureza das mudanças qualitativas. Isso é também escrito por Engels em The Dialectics of Nature, 'um desenvolvimento no qual as mudanças qualitativas ocorrem não de forma gradual mas rápida e abruptamente, tomando a forma de um salto de um estágio para outro'. ... Aqui está o recipiente para a revolução."[28]

Conner adiciona que o comunismo ensina que ao "defender o darwinismo, o povo trabalhador aumenta suas defesas contra os ataques do ... grupo reacionário, e prepara o caminho para a transformação da ordem social", por exemplo, uma revolução comunista.[29]

Friedrich Engels

Colega de trabalho de Marx e freqüentemente co-autor, Friedrich Engels, foi criado por um pai rígido e "pietista" crente da Bíblia, mas Engels, também, rejeitou o cristianismo, evidentemente em parte como resultado de seus estudos na Universidade de Berlim.[30] Ao lado do túmulo de Marx, Engels declarou: "Assim como Darwin descobriu a lei da evolução na natureza orgânica, Marx descobriu a lei de evolução na história humana..."[31] Himmelfarb concluiu, de seu estudo sobre Darwin, que existia muita verdade no elogio de Engels a Marx:

"O que ambos celebraram foi o ritmo interno e o curso da vida, um da vida na natureza, o outro da sociedade, que procedem por leis fixas, sem distração pela vontade de Deus ou do homem. Não existiram catástrofes na história assim como não existiu nenhuma na natureza. Não existiu nenhum ato inexplicável, nenhuma violação da ordem natural. Deus era tão sem poderes como o homem individual para interferir na interna, auto-ajustável dialética da mudança e do desenvolvimento."[32]

Alexander Herzen

Muitos outros também foram de importância crítica para o desenvolvimento do movimento comunista. Um foi Alexander Herzen (1812-1870), o primeiro a articular o novo radicalismo na Rússia e, ao ser um homem que estava em completa harmonia com as idéias de Marx, foi um pioneiro em reivindicar uma revolta em massa para alcançar o poder comunista. Sua teoria era uma versão distintamente russa do socialismo baseado na comunidade de camponeses, o que frutificou a primeira base ideológica para muitas da atividades revolucionárias na Rússia até 1917. Herzen foi influenciado pela evolução:

"Os escritos universitários de Herzen concernem primariamente ao tema do surgimento biológico... . Herzen mostra um bom conhecimento da literatura científica séria do período... especialmente trabalhos que anunciam a idéia da evolução ... [incluindo] os escritos de Erasmus Darwin, o avô de Charles e em certa medida seu predecessor ideológico... . Ele estava a par do debate entre os seguidores de Cuvier, que defendiam a imutabilidade das espécies, e Geoffroy-Saint-Hilaire, os transformacionistas ou evolucionistas; e claro ele se alinhou com o segundo, desde que a idéia de evolução contínua era necessária para ilustrar o desdobramento progressivo do Absoluto. Resumindo, o treinamento científico de Herzen se baseava essencialmente nos materiais brutos para a biologia da Naturphilosophie."[33]

Vladimir Lênin

Lênin também foi significativamente influenciado pelo darwinismo, e operou de acordo com a filosofia "menos mas melhores", uma reiteração da seleção natural.[34] Ele foi criado por pais de classe média e devotos crentes na Bíblia.[35] Então, em torno de 1892, ele descobriu Darwin e as obras de Marx, e isso mudou sua vida para sempre.[36] Um catalisador para a adoção de Lênin ao marxismo foi o fato de que o injusto sistema de educação russo cancelou o mandato de seu pai com um ano de graça, tumultuando, então, sua família. Dentro de um ano, seu pai morreu, deixando Lênin, com 16 anos, amargurado.[37] Lênin admirava grandemente seu pai, que era um trabalhador assíduo, religioso e um homem inteligente. Koster adicionou:

"A única obra de arte no escritório de trabalho de Lênin era uma estátua kitsch de um macaco sentado numa pilha de livros - incluindo A Origem das Espécies - e contemplando uma caveira humana. Esse ... comentário em argila sobre a visão de Darwin do homem, permanecia à vista enquanto Lênin trabalhava em sua mesa, aprovando planos e assinando mandatos de assassinato ... . O macaco e a caveira eram símbolos de sua fé, a fé darwiniana que o homem é brutal, o mundo é uma selva, e vidas individuais são irrelevantes. Lênin provavelmente não era um homem instintivamente mau, embora ele certamente ordenou um bom número de medidas malignas. Talvez o macaco e a caveira eram invocados a lembrá-lo que, no mundo de acordo com Darwin, a brutalidade humana para com os homens era inevitável. Na sua luta para realizar o "paraíso dos trabalhadores" através de meios "científicos", ele ordenou um bom número de mortes. O macaco e a caveira talvez o ajudaram a reprimir qualquer tipo de impulso humano que tenha restado de sua saudável infância."[38]

Joseph Stálin

O ditador soviético Joshep Stálin (nascido Joshep Djugashvili) assassinou estimadas 60 milhões de pessoas.[39] Assim como Darwin, ele foi um estudante de teologia, e também como Darwin, a evolução foi importante para transformar sua vida de um promissor cristão a um comunista ateísta.[40-41] Yaroslavsky nota que enquanto Stálin ainda era um estudante eclesiástico ele "começou a ler Darwin e se tornou ateísta."[42]

Stálin se tornou um "ávido darwinista, abandonando a fé em Deus, e começou a dizer aos seus companheiros de seminário que as pessoas descendiam do macaco e não de Adão".[40] Yaroslavsky nota que "não foi somente com Darwin que o jovem Stálin se tornou familiar na escola eclesiástica de Gori; foi enquanto estava lá que ele teve suas primeiras aproximações com as idéias marxistas".[43] Miller adiciona que Stálin tinha uma memória extraordinária e aprendia suas lições com tão pouco esforço que os monges que o ensinaram concluíram que ele poderia

"... se tornar um padre maravilhoso da Igreja Ortodoxa Russa. Mas em cinco anos no seminário ele se interessou pelo movimento nacionalista na sua província natal, na teoria de Darwin e nos escritos de Vitor Hugo sobre a Revolução Francesa. Como um nacionalista ele era um anti-Tsarista e se uniu a uma sociedade secreta socialista."[44]

O resultado foi que

"Sua infância brutal e a visão de mundo que ele adquiriu nessa infância, com o reforço da releitura de Darwin, o convenceu que a misericórdia e abstenção eram fracas e estúpidas. Ele matou com uma frieza que mesmo Hitler teria invejado - e mesmo em números muito maiores do que Hitler fez."[45]

Koster adiciona que Stálin matava pessoas por duas razões principais

"...por que eles eram ameaças pessoais a ele, ou por que eles eram ameaças ao progresso - o que nos termos do marxismo-darwinismo significa algum tipo de evolução a um paraíso terrestre de um tipo nunca antes imaginado."[46]

A importância das idéias de Darwin é reforçada por Pakadze, um amigo de infância de Stálin:

"Nós jovens temos uma fome avassaladora por conhecimento. Então, para corrigir as mentes de nossos estudantes seminaristas do mito que o mundo foi criado em seis dias, nós tínhamos de nos haver com a origem e idade geológicas da Terra, e sermos capazes de provar para eles através de argumentos; nós tivemos que nos familiarizar com os ensinamentos de Darwin. Nós fomos ajudados nisso pelo ... Antiquity of Man [A Antiguidade do Homem] de Lyell e o Descente of Man [Descendência do Homem] de Darwin, esse numa tradução editada por Sechenov. Camarada Stálin leu as obras científicas de Sechenov com grande interesse. Nós prosseguimos gradualmente a um estudo do desenvolvimento da sociedade de classes, o que nos levou aos escritos de Marx, Engels e Lênin. Nesses dias a leitura da literatura marxista era punível como propaganda revolucionária. O efeito disso era particularmente sentido no seminário, onde mesmo o nome de Darwin era sempre mencionado com injúrias imorais. ... Camarada Stálin trouxe esses livros para a nossa atenção. A primeira coisa que nós tínhamos que fazer, ele dizia, é nos tornarmos ateus. Muitos de nós começaram a obter uma visão global do materialismo e a ignorar assuntos teológicos. Nossas leituras dos mais diversos ramos da ciência não só ajudou nossos jovens a escapar do espírito intolerante e de visão estreita do seminário, mas também preparou as mentes para a recepção das idéias marxistas. Cada livro que nós líamos, seja sobre arqueologia, geologia, astronomia, ou sobre civilizações primitivas, nos ajudou a confirmar a verdade do marxismo."[47]

Como resultado da influência de Lênin, Stálin e outros líderes soviéticos, Darwin se tornou "um herói intelectual da União Soviética. Existe um museu esplêndido sobre Darwin em Moscou, e as autoridades soviéticas receberam uma medalha especial de Darwin em honra ao centenário d'A Origem".[48]

A Oposição de Marx à religião

A aceitação do darwinismo e a rejeição da religião eram primordiais para os novos movimentos comunistas.

Quando Marx abandonou sua fé Cristã e se tornou ateu, ele concluiu que religião era uma ferramenta dos ricos para subjugar os pobres. Ele abertamente denunciou a religião como "o ópio do povo", e praticamente em todas as nações onde o comunismo assumiu o poder, as igrejas eram, se não abolidas como foras da lei, neutralizadas em seu efeito.[49] Ópio é uma droga analgésica e Marx caracterizou a religião como tendo a mesma função, por exemplo: era usada para pacificar os oprimidos pois propagava paz, não-violência, e o amor ao próximo. O resultado é que isso os fazia sentir melhor, mas não solucionava seus problemas.

Marx sentia que a religião não é somente uma ilusão: ela deteriorou a função social, em outras palavras, a distrair os oprimidos da verdade de sua opressão e prevenir o povo de ver a dura realidade de sua existência. Enquanto os trabalhadores e os oprimidos acreditassem que eram pacientes, tinham um comportamento moral e as amarguras do sofrimento os dariam a liberdade e felicidade no paraíso, eles iriam permitir serem oprimidos. Marx concluiu que os trabalhadores somente mudariam sua percepção da realidade quando realizassem que não existe Deus, nem vida após a morte e nenhuma boa razão para não ter agora o que eles queriam, mesmo se eles tivessem que tirar dos outros.

A solução, Marx argumentou, era abolir a religião, o que permitiria aos pobres se revoltar abertamente contra seus "opressores" (os donos de terra, os ricos, os empresários, etc.) e tomar sua riqueza para poder assim desfrutar do dinheiro e satisfação nesse mundo. Além disso, enquanto "os ricos e poderosos não irão dar isso de mão beijada, as massas deveriam os obrigar" pela força.[50] Eidelberg notou que a "escatologia de Marx, sua filosofia materialista da história é, para todos os propósitos práticos, uma doutrina de revolução permanente, uma doutrina que não pode deixar de eclodir em violência, terror e tiranias periódicas".[51]

Isso é porque Marx concluiu que a "abolição da religião" é um pré-requisito para a obtenção da verdadeira felicidade do povo.[52] Conseqüentemente, um pilar fundamental do comunismo era retirar o ópio do povo (religião) das pessoas e as convencer que deveriam comer, beber e se divertirem agora, pois amanhã podem estar mortos (e para ter os recursos para comer, beber e se divertirem, eles deveriam roubar dos ricos e dos sucedidos). Marx concordou com a filosofia darwiniana que, além dos prazeres pessoais no aqui e agora, a vida a longo prazo não possui qualquer significado ou propósito, pois nós somos acidentes da natureza algo que, em todas as probabilidades, nunca mais deveria ocorrer na Terra.[53]

Um fator importante, entretanto, não foi devidamente contabilizado na visão de mundo irreal (ainda idealista) de Marx. Isso foi o fato de que, como a Bíblia coloca, os trabalhadores são merecedores de seus salários. Começar um negócio geralmente implica uma quantidade enorme de risco, e requer trabalho extremamente pesado e longas horas de pessoas que geralmente têm um talento enorme para guiar o negócio ao sucesso. A maioria dos novos negócios falham - menos de um em cada cinco sucede - e mesmo assim o sucesso da maioria é meramente moderado.

Por outro lado, uma recompensa enorme pode resultar se um negócio realmente tiver sucesso. As recompensas incluem não só riqueza e prestígio mas também a satisfação de alcançar e construir um negócio de sucesso. As recompensas têm que ser enormes para que as pessoas assumam os riscos envolvidos. Muitas pessoas que fracassam nos negócios perdem tudo o que possuem. Por essas razões, é que a teoria econômica comunista está fadada ao fracasso.

Para garantir que o comunismo mantém seu poder primário, é necessário doutrinar as pessoas contra a religião, especialmente as religiões Cristã, Judia e Muçulmana, que concordam que retirar a propriedade de alguém sem a devida compensação é errado e que matar pessoas para pegar seus pertences é uma pecado grave.[10] Além disso, as mesmas religiões também dizem que, enquanto nós devemos nos levantar pelo que é certo, a justiça não é garantida nesse mundo (mas Deus prometeu recompensar depois da morte aqueles que perseguirem o caminho da virtude).

Problemático no desenvolvimento da teorização de Marx, assim como de muitos de seus seguidores, era sua rejeição do Cristianismo e de seus valores morais e em se voltar para uma visão de mundo agnóstica/atéia. As Escrituras ensinam que atenção, compaixão e preocupação deve ser expressas aos pobres, às viúvas, aos órfãos, aos deformados, aos párias sociais e até aos criminosos, mas também dizem que o trabalhador é merecedor de seu salário e condenam o assassinato (mesmo se parte de uma revolução social - "aquele que vive pela espada deverá perecer pela espada", Apocalipse 13:10). Cristianismo geralmente tem servido como uma força que resiste na privação às pessoas dos frutos de seus trabalhos.

Os resultados dos ideais ateus de Marx, tragicamente, vieram agora à tona. O ideal comunista de que "cada um tenha de acordo com suas necessidades, e cada um dê de acordo com suas habilidades" quase sempre se tornam em "cada um toma o que puder, e devolve o menos possível". O resultado tem sido a quebra econômica da maioria dos países comunistas. Na última década, nós presenciamos o colapso de todos os regimes comunistas e sua substituição por governos capitalistas ou socialistas (Cuba e China agora possuem governos socialistas, a China instituiu reformas pró-capitalistas importantes pois ela se esforça para coexistir com o capitalismo, a Coréia do Norte está rapidamente se movendo para um governo socialista). A qualidade da sociedade é um resultado do calibre de seus líderes. As pessoas mais qualificadas deveriam estar comandando as escolas, fábricas e governos das sociedades. A pobreza econômica da Rússia e de muitos países do Leste Europeu (que se deve a um conjunto de fatores complexo e entrelaçado) eloqüentemente testemunha a falência do comunismo.

Por que o comunismo é ateu, e por que ele produziu um holocausto

Marx (1818-1883) foi influenciado consideravelmente pelo conceito dialético de Hegel. George Hegel (1770-1831) sustentava que a religião, ciência, história, e "mais quase tudo" desenvolve-se a um estado mais elevado com o progresso do tempo.[54] Isso acontece por um processo chamado dialética, no qual uma tese (uma idéia) eventualmente se confronta com uma antítese (uma idéia oposta), produzindo uma síntese ou uma mistura do melhor das idéias antigas e novas.[55] Marx concluiu que o capitalismo é a tese, e o proletário organizado é a antítese. Essencialmente, o conflito central no capitalismo era entre aqueles que detinham os meios de produção (os donos, a classe rica, ou a burguesia) e aqueles que realmente faziam o trabalho físico (os trabalhadores ou o proletariado). A idéia central de Marx era que a síntese (p.e. comunismo) emergeria da luta entre o proletário com a burguesia. Isso é ilustrado pela famosa frase de Marx, "unam-se trabalhadores do mundo e derrotem seus opressores".

Marx concluiu que as massas (os trabalhadores - aquelas pessoas que trabalham nas fábricas e nas fazendas) que deveriam lutar contra os donos dos negócios, os ricos e os empresários. Desde que existem muito mais trabalhadores do que donos de empresas, Marx acreditava que os trabalhadores eventualmente iriam sobrepujar os empresários pela revolução violenta, tomando suas fábricas e riquezas. O resultado deveria ser a ditadura do proletariado. Marx também cria que a propriedade privada deveria ser abolida, e os trabalhadores deveriam coletivamente governar seu país, incluindo as fazendas e os meios de produção. Todos os trabalhadores então compartilhariam igualmente nos frutos do trabalho, produzindo uma sociedade sem classes na qual todos tinham uma quantidade igual de dinheiro. Essa filosofia obviamente atraiu milhões de pessoas, especialmente os pobres, os oprimidos, e muitos da classe média que se preocupavam com os pobres.

As revoluções comunistas resultaram em tomar pela força a riqueza das classes dos donos de terra, dos ricos, dos industriais e outros. Se apropriando da terra e da riqueza dos donos de propriedades em geral resultando em uma quantidade enorme de resistência por todos os cantos.

Muitas dessas pessoas tinham construído sua riqueza do trabalho duro e de decisões astutas nos negócios, e não estavam dispostas a se desfazer do que em muitos casos tinham trabalhado duramente muitos anos para obter. Um banho de sangue resultou disso e tomou a vida de centenas de milhões de pessoas. Os assassinados geralmente incluíam os mais talentosos empresários, os mais habilidosos industriais, e a espinha dorsal da intelectualidade de uma nação. Os trabalhadores eram encarregados de companhias e fábricas que foram uma vez dirigidas pelo que Marx chamava a burguesia; muitas dessas pessoas careciam das habilidades e qualidades pessoais necessárias para tocar os negócios. Conseqüentemente, produtos inferiores, baixa produtividade e uma quantidade incrível de desperdício eram a regra por gerações no mundo comunista.

Como Jorafsky nota, não importa quão duro a história possa julgar o marxismo, o fato é que a teoria de Marx uniu o darwinismo e a revolução intrínseca e inseparavelmente:

"... um historiador mal pode deixar de concordar que o clamor de Marx para dar um caminho científico para aqueles que deveriam transformar a sociedade foi uma das maiores razões para a enorme influência dessa doutrina."[56]

Comunismo Chinês

O darwinismo também foi um fator crucial na revolução comunista na China: "Mao Tse-tung relembrou Darwin, como apresentado pelos darwinistas alemães, como o fundamento do socialismo científico chinês."[20,57] As políticas que Mao originou resultaram no assassinato de tantas quantas 80 milhões de pessoas. A extensão na qual o darwinismo foi aplicado é mostrada por Kenneth Hsü. Quando ele era uma estudante na China na década de 1940, a classe deveria se exercitar para tornar seus corpos mais fortes, e como lembrança da hora antes do café da manhã, eles tinham que ouvir um discurso do reitor. "Nós tínhamos de endurecer nossa vontade para a briga na luta pela existência, ele nos disse. Os fracos perecerão; somente os fortes devem sobreviver."[58]

Hsü adicionou que eles eram ensinados que se adquire força não pela aceitação do que sua mãe lhes disse, mas através do ódio. Hsü aponta a ironia do fato de que

"Ao mesmo tempo do outro lado do front de batalha um garoto adolescente alemão ouviu às polêmicas de Goebbels e foi induzido à Hitler Jugend [Juventude Hitlerista]. De acordo com nossos ambos professores, um ou outro de nós deveria prevalecer, não deveria ter surpreendido a minha mãe que nós agora éramos colegas, vizinhos e amigos. Já que ambos sobrevivemos a guerra, somos vítimas de uma ideologia social cruel que assume que a competição entre indivíduos, classes, nações, ou raças é a condição natural da vida, e que também é natural para o superior despojar o inferior. Pelo último século e mais essa ideologia foi pensada como sendo uma lei natural da ciência, o mecanismo da evolução que foi formulado mais poderosamente por Charles Darwin em 1859 no seu A Origem das Espécies ... , três décadas se passaram desde que eu tive que marchar até o pátio da escola para ouvir o reitor contradizer toda sabedoria da minha família com seu clamor darwiniano de superioridade."[59]

Hsü concluiu que vendo o que ocorreu durante a guerra, e desde então (e o que pode acontecer no futuro), "eu preciso questionar qual tipo de adaptação é demonstrável pelo desdobrar de tais lutas. Como um cientista, eu preciso examinar especialmente a validade científica de uma noção que pode causar tanto dano".[60,58]

A importância do darwinismo, reporta Hsü, foi indicada pela experiência de Theo Summer numa viagem com o Chanceler Alemão Helmit Schmit à China. Theo estava perturbado por ouvir pessoalmente de Mao Tse-tung sobre a dívida que ele sentia ter ao darwinismo, e especialmente ao homem que também inspirou Hitler, o darwinista Ernst Haeckel.[61] Hsü concluiu que Mao estava convencido que "sem a pressão contínua da seleção natural" os homens iriam degenerar. Essa idéia inspirou Mao a defender "a eterna revolução que trouxe minha terra natal a beira da ruína".

Resumo

Nas mentes de Hitler, Stálin e Mao, tratar pessoas como animais não era errado pois eles acreditavam que Darwin tinha "provado" que os seres humanos não eram criação de Deus, mas ao invés descendiam de um simples, organismo unicelular. Os três homens acreditavam que era moralmente apropriado eliminar os menos adaptados ou "amontoá-los como gado em currais e os enviar para campos de concentração ou gulags" se isso atingia o objetivo das suas filosofias darwinistas.[62]

As idéias de Darwin tiveram uma importância crucial no desenvolvimento e crescimento do comunismo. Enquanto é difícil concluir que o comunismo não teria aparecido como apareceu se Darwin não tivesse desenvolvido sua teoria da evolução, é claro que se Marx, Lênin, Engels, Stálin e Mao tivessem continuado a seguir a visão de mundo Judaico-Cristã e não tivessem se tornado darwinistas, a teoria comunista e as revoluções que ela inspirou nunca teriam se espalhado para tantos países quanto fizeram. Segue-se, então, que o holocausto produzido pelo comunismo (que resultou na morte de mais de 100 milhões de pessoas) eventualmente nunca teria ocorrido. Nas palavras do prêmio Nobel Alexander Solzhenitsyn,

"... se formos questionados hoje a formular uma possibilidade concisa da causa principal das revoluções destrutivas que assassinaram mais de 60 milhões de nosso povo [russo], eu não poderia colocar com mais acurácia que repetir: 'o homem esqueceu Deus; é por isso que tudo isso aconteceu".[63]

Agradecimentos

Eu quero agradecer Bert Thompson, Ph.D., Wayne Frair, Ph.D., Clifford Lillo, e John Woodmorappe, M.A., pelos seus comentários à antiga versão desse artigo.

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* Jerry Bergman possui sete graduações, incluindo em Biologia, Psicologia, e estimativa e pesquisa, pela Universidade Wayne State (Chicago), Universidade Bowling Green State e outras universidades. Ele lecionou na Universidade Bowling Green State (em Ohio) e na Universidade de Toledo. Ele agora é professor de ciências no colégio Northwest, Archbold (em Ohio), e está trabalhando em um terceiro Ph.D., este em biologia molecular. voltar

** Traduzido por Leandro Diniz. OBS. As notas não foram traduzidas permanendo como no original.voltar


1. Courtois, S., Werth, N., Panne, J-L., Paczkowski, A., Bartosek, K. and Margolin, J-L., The Black Book of Communism; Crimes, Terror, Repression, Harvard University Press, Cambridge, p. 4, 1999.voltar
2. Morris, H., That Their Words May be Used Against Them, Master Books, Forrest, p. 417, 1997.voltar
3. Wilder-Smith, B., The Day Nazi Germany Died, Master Books, San Diego, p. 27, 1982.voltar
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10. Wurmbrand, R., Marx and Satan, Crossway Books, Westchester, p. 11, 1987.voltar
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12. Pannekoek, A., Marxism and Darwinism, Charles A Kerr, Chicago, 1912.voltar
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18. Lessner, F., A workers reminiscences of Karl Marx; in: Reminscences of Marx and Engels, Foreign Languages Pub. House, Moscow, p. 106, 1968.voltar
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25. Conner, Ref. 23, pp. 12, 18.voltar
26. Lessner, Ref. 18, p. 109.voltar
27. Eidelberg, P., Karl Marx and the declaration of independence: the meaning of Marxism, Intercollegiate Review 20:3-11, p. 10, 1984.voltar
28. Halstead, L.B., Popper: good philosophy, bad science, New Scientist, pp. 216-217, 17 July 1980.voltar
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30. Koster, Ref. 9, p. 164.voltar
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32. Himmelfarb, G., Darwin and the Darwinian Revolution, W.W. Norton, New York, pp. 422-423,1959.voltar
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36. Miller et al., Ref. 35, p. 36.voltar
37. Koster, Ref. 9, p. 174.voltar
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59. Hsü, Ref. 58, pp. 1-2.voltar
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63. Quoted in Ericson, E., Solzhenitsyn: voice from the Gulag, Eternity, pp. 21-24, October 1985.voltar

quarta-feira, 11 de março de 2009

Reavaliando o Democídio Chinês para 73.000.000

Reavaliando o Democídio Chinês para 73.000.000
por R.J. Rummel [1]
28 de Novembro de 2008, democraticpeace.wordpress.com [2]

(Publicado originalmente em 10 de outubro de 2005. Links quebrados serão recuperados assim que os blogs publicados previamente sejam republicados aqui)

Dois livros tiveram um grande impacto na minha avaliação da ascensão de Mao ao poder absoluto e seu domínio sobre a China. Um é "Wild Swans: Three Daughters of China" [Cisnes Selvagens: Três filhas da China] de Jung Chang, e o outro é "Mao: The Unkown Story" [Mao: A História Desconhecida] que ela escreveu com seu marido, Jon Halliday. Estou agora convencido que Stalin excedeu Hitler em maldade monstruosa, e Mao superou Stalin.

Eu vou extrair o que de mais supreendente há em ambos os livros em duas etapas. Nessa primeira, eu quero focar inteiramente no democídio sobre o governo de Mao, e no próximo blog, eu vou resumir as coisas mais importantes e supreendentes que eu aprendi sobre ele.

Naquele tempo em que escrevi meu livro sobre "China´s Bloddy Century" [O Século Sangrento Chinês] (1991-agora), eu me mantive nesses totais do democídio para Mao:

Guerra Civil Sino-Japonesa 1923-1949 = 3.466.000 assassinatos
Domínio sobre a China (PNP - Partido Nacional do Povo) 1949-1987 = 35.236.000 assassinatos

Entretanto, alguns outros acadêmicos e pesquisadores colocaram o total do PNP entre 60.000.000 e, um total de, 70.000.000. Quando perguntei sobre o porque de meu total estar tão abaixo comparativamente, fui respondido que eu não incluí a Grande Fome chinesa 1958-1961. Dos meus estudos sobre o que foi escrito sobre isso em inglês, eu acredito que:

(1) a fome foi devido ao "Grande Salto para Frente" quando Mao tentou alcançar o Ocidente na produção de ferro e aço;
(2) a fatorização da agricultura, forçando virtualmente todos os camponeses a dar suas terras, animais, ferramentas e casa para viver em comunidades regimentadas.
(3) a notícia exuberantemente discrepante da produção agrícola pelos dirigentes das comunidades e dos distritos pelo medo das conseqüências de não cumprir suas cotas;
(4) a conseqüente crença dos altos comandantes que um excesso de comida estava sendo produzido e a possibilidade de exportação sem a fome dos camponeses;
(5) mas, relatório de altos oficiais viajantes indicam que camponeses podiam estar passando fome em algumas localidades;
(6) uma equipe de investigação foi enviada de Pequim, e reportou que existia fome em massa;
(7) e, então, o PCC (Partido Comunista chinês) parou as exportações e começaram a importar o que era necessário para parar a fome.


Dessa forma, embora as políticas de Mao foram responsáveis pela fome, ele estava enganado sobre isso, e finalmente quando descobriu isso, ele pôs um fim e mudou suas políticas. Então, eu argumentei, isso não foi um democídio. Outro, entretanto, concluíram assim, mas eu penso que essa é uma aplicação dúbia dos conceitos de assassinato em massa, genocídio, ou politicídio (virtualmente ninguém usou o conceito de democídio). Eles estavam certos e eu errado.

Pela biografia de Mao, na qual eu confio (para aqueles que podem questioná-la, atentem para as centenas de entrevistas que Chang e Halliday conduziram com o grupo militar comunista e os ex-altos oficiais, e a extensiva bibliografia) que posso dizer que sim, as políticas de Mao causaram a fome. Ele sabia sobre isso desde o começo. Ele não ligava! Literalmente.

De fato, ele queria retirar ainda mais comida das bocas de seu povo faminto para aumentar sua exportação de comida. Isso era a única coisa que ele podia exportar e ele estava atrás de poder. Ele morreu tentando alcançar a liderança do movimento comunista internacional, e em fazer da China uma superpotência. Ele pensou que poderia dominar o mundo. E para fazer isso, ele exportou vastas quantidades de comida para a União Soviética, Europa Oriental, e para os países do Terceiro Mundo que ele estava tentando controlar. Ironicamente, alguns dos líderes comunistas sabiam sobre a fome e, então, recusaram sua comida, pois tinham mais para alimentar suas populações do que ele. Com a União Soviética, ele estava usando a comida como compensação para armas e fábricas de armas.

Aqueles nos altos escalões do PCC tentaram aliviar a fome. Eles foram presos, alguns torturados, alguns executados ou permitidos a morrer horrivelmente. Mesmo em 1961, ele quis AUMENTAR a quantidade de comida que era retirada do povo. Mas, com grande risco para si mesmo, Liu Shao-ch'i (presidente do PNP e o segundo no poder) armou uma cilada para Mao na conferência do PCC de 7.000, que concordaram com Liu em aliviar a fome. Mao não pode perdoar Liu e os outros, pois assim ele pensava que estava perdendo o controle do PCC, então lançou um expurgo em 1965 chamado de Revolução Cultural para tomar o poder do PCC e substituí-lo com os militares. Cerca de 100.000.000 de pessoas foram perseguidas, e cerca de 3.000.000 foram mortas.

Assim, a fome foi intencional. Qual foi o custo humano? Eu estimei em torno de 27.000.000 de chineses que morreram de fome ou morreram de doenças associadas. Outros estimaram o total sendo maior do que 40.000.000. Chang e Halliday puseram em 38.000.000, e deram suas fontes, eu as aceitei.

Agora, eu tenho que mudar todos os totais mundiais de democídio que estão em meus websites, blogs, e publicações. O total para o democídio chinês antes e depois que Mao tomou o território é de 3.446.000 + 35.226.000 + 38.000.000 = 76.692.000, ou para arredondar, 77.000.000 assassinados.

Isso supera os 61.911.000 de mortos assassinados na União Soviética entre 1917-1987, com Hitler muito atrás com 20.946.000 de dizimados entre 1933-1945.

Para uma perspectiva sobre o governo sangrento de Mao, todas as guerras entre 1900-1987 custaram em combate 34.021.000 de mortos - incluindo a Primeira e a Segunda Guerras Mundiais, Vietnã, Coréia, e as revoluções Mexicana e Russa. Mao sozinho assassinou quase o dobro do que eles mataram em combate durante essas guerras.

Pense sobre isso. Um único homem. Um só homem fez essa quantidade de mortos. Se alguma coisa devesse causar que nós evitemos que qualquer um tivesse esse tipo de poder a qualquer custo, seria esse. Uma guerra para prevenir qualquer um de ter esse tipo de poder, poderia salvar dezenas de milhões ou mais de vidas do que isso custaria.

Agora, meus totais gerais para o democídio mundial entre 1900-1999 também deverão mudar. Eu tinha estimado isso em torno de 174.000.000 de mortes, uma imagem familiar para você se você é um visitante regular desse blog ou website. Com a minha reavaliação do democídio de Mao, eu agora elevo o total para 212.000.000, dos quais os regimes comunistas mataram cerca de 148.000.000. Também, compare isso com os mortos em batalhas. Comunistas em geral mataram quatro vezes mais do que aqueles mortos em combates, enquanto o total do democídio global foi seis vezes mais do que esse número.

Ainda, existem toneladas de livros que tratam de guerras em geral, mas somente três livros que tentam lidar com assassinatos em massa, ou democídio de maneira geral ou compreensiva. Um deles é o "Twentieth Century Book of the Dead" [Livro de Mortes do Século XX] de Elliot. Ele foi publicado em 1972, entretanto, e Elliot achou que o total para as "atrocidades" e guerras em sendo 110.000.000 em menos de 3/4s do século. Pode ser visto aqui. Minhas "Statistics of Democide" [Estatísticas de Democídio] aqui, e o "Death by Government" [Mortes pelo Governo] aqui são os outros únicos livros.

O democídio que matou 212.000.000 de pessoas tem sido quase totalmente ignorado em comparação a guerra que custou 34.000.000. Talvez isso seja porque muitos consideram a guerra como o pior dos males. E porque existem tão poucos em entender que a liberdade pode salvar dezenas de milhoes de vidas e acabar com o democídio para sempre.

Let freedom ring.

----------------

[1] Rudolph Joseph Rummel (nascido em 21 de Outubro, 1932) é professor emérito de ciência política da Universidade do Havaí. Ele tem dedicado sua carreira em recolher e juntar dados sobre violência coletiva e guerra procurando ajudar através disso sua resolução e eliminação. Rummel cunhou o termo democídio para matanças por governos. fonte (http://en.wikipedia.org/wiki/R._J._Rummel) voltar

[2] Traduzido por Leandro Diniz voltar

terça-feira, 10 de março de 2009

"Israel considerando seriamente operação militar no Irã"

"Israel considerando seriamente operação militar no Irã"
por Hilary Leila Krieger, Correspondente em Washington do JPOST
5 de Março de 2009, www.jpost.com
Traduzido por: LeandroDiniz


Israel está seriamente considerando tomar ação militar unilateral a fim de parar com a aquisição de armas nucleares do Irã, de acordo com um relatório de figuras políticas importantes dos EUA e especialistas publicado na Quarta-Feira.


O relatório diz, também, que o tempo disponível de Israel para agir está encurtando, não somente pelos avanços iranianos, mas porque Teerã pode adquirir em breve melhorias em defesa aérea e dispersar seu programa nuclear para locais adicionais.

O relatório, "Preventing a Cascade of Instability" [Prevenindo uma Cascata de Instabilidade], foi lançado pelo Wahsington Institute for Near East Policy (WINEP) [Instituto de Washington para Política do Oriente Próximo]. Ele também argumenta que as sanções internacionais contra o Irã precisam serem intensificadas urgentemente para o engajamento que a administração de Obama está planejando com Teerã para ser efetivo.

Um prévio resumo do relatório foi aprovado por Dennis Ross antes de ele se retirar para entrar na administração de Obama, na qual ele está servindo como conselheiro especial lidando com vários países da região, incluindo o Irã. O senador Evan Bayth do Senate Select Committee on Inteligence (Comitê Selecionado do Senado de Inteligência), e o congressista Gary Ackerman, presidente do subcomitê sobre o Oriente Médio da House of Foreign Affairs (Casa de Assuntos Estrangeiros), estão entre os signatários.

O grupo bipartidário também recomendou um aumento das garantias de segurança e o suprimento de mísseis de defesa e outras medidas de proteção para aliados no Oriente Médio, ambos para reassegurá-los do comprometimento da América com eles e desencorajar a efetividade visível, e do apelo, de armas nucleares no Irã.

Mas o relatório, muitos dos autores se encontraram com oficiais israelenses de alta patente para avaliar sua perspectiva, nota que Israel não está interessado em se tornar parte do escudo nuclear da América, mesmo que os países do Golfo queiram mais garantias nesse front.

"Uma garantia americana declarada deverá clarificar a situação de ambigüidade que pode já trabalhar para vantagem de Israel," o relatório diz. Também, "muitos israelenses temem que uma garantia declarada dos EUA pode vir com o preço de circunscrever a liberdade de Israel para agir em confronto com perigos existenciais."

"É um tanto sério agir por conta própria conta uma Irã com armas nucleares," o ex-embaixador das Nações Unidas Nacy Sodenberg, um dos membros da força-tarefa que viajaram para a região a fim de pesquisar para o relatório, disse em um evento do lançamento do relatório da WINEP na quarta-feira.

Ela disse que o calendário para um ataque israelense pode ser "significativamente" aumentado se Jerusalém acreditar que a Rússia vai apoiar realmente e honrar seu compromisso de suprir o Irã com o sistema de mísseis terra-ar S-300, o que complicaria enormemente qualquer ataque israelense.

Se a entrega realmente ocorrer, o relatório recomenda mais vendas de armas a Israel, como força aérea mais moderna, para que ele mantenha sua superioridade militar.

Mais tarde, ela disse que o objetivo do relatório era elaborar estratégias onde nem os EUA nem Israel estavam na iminência de lançar um ataque militar.

"Você meio que perdeu a situação no momento," ela disse.

Para esse final, o documento de 10 páginas urge por mais sanções internacionais e a expansão de pressões financeiras tomadas pelo Tesouro Americano, na criação de programas similares nos Departamentos de Comércio e Estado dos EUA.

O estudo aumenta a importância de ter um front unido globalmente e indica a intensificação diplomática com a Rússia para que ambos façam sanções mais efetivas e a fim de persuadir os russos a não entregar o sistema S-300.

"Irã não quer estar isolado no palco internacional: Não é a Coréia do Norte. Quanto mais amplo o consenso internacional, melhor. As mostras repetidas de animosidade pelo Conselho de Segurança da ONU parecem ter impressionado mais do que a economia limitada ou o impacto na segurança que as sanções impuseram até agora," o relatório diz, no caso de fazer novas sanções.

Ao mesmo tempo, ele demonstra que o engajamento agressivo é necessário pois "outro objetivo importante é mostrar ao Oriente Médio e ao mundo que os Estados Unidos irá mais além para resolver o problema nuclear iraniano. Alguns círculos em países amigos dos EUA agora se perguntam - sem razão - se Washington é tanto um obstáculo para a resolução do impasse nuclear do que Teerã."

Mesmo se o engajamento, as sanções e outras medidas provarem ineficiência, o relatório alerta contra uma política de "recuo" enquanto o Irã é permitido a ter alguma, mesmo que limitada, capacidade de enriquecer urânio em seu território.

"O Irã ter a capacidade latente para rapidamente fazer armas nucleares poderá levar a muito do mesmo risco de cascata de instabilidade do que ele ter a arma realmente," pode ser lido, apontando o risco de proliferação nuclear, hegemonia iraniana na região e mais.

O relatório não faz menção das eleições presidenciais do Irã em Junho, que pode ver o mais moderado Muhammad Khatami tomar o lugar do esquentado e atual presidente Mahmoud Ahmadinejad.

Alguns analistas têm sugerido que a administração de Obama espere para tanto apoiar quanto pressionar para futuras sanções até depois da campanha, para não aumentar as chances da vitória de Ahmadinejah.

Mas a força-tarefa clama por ações imediatas, argumentando que o presidente é menos importante que o líder supremo do Irã, Aiatolá Ali Khamenei, em tomar decisões e a prioridade máxima deveria ser a criação de posições alavancadas nas negociações.

Um professor iraniano na audiência na conferência de WINEP dessa quarta-feira, entretanto, disse que aumentar a pressão aumentaria o extremismo e os líderes linhas-duras do Irã em aderir ao programa nuclear.

Diretor executivo do WINEP Robert Satloff, que presidiu a conferência, respondeu que as recomendações dos relatórios também incluíram muitos incentivos para o Irã poder cooperar com os EUA.

Ele também disse que o Irã já começou a colher algumas das recompensas da influência apenas em ter tido sucesso em avançar seu programa nuclear, e que esse relatório tinha a intenção de estancar esse progresso.

“Mesmo sem testar uma arma nuclear, ou sem declarar a habilidade para fazer isso, o progresso do Irã em direção a arma nuclear já está impactando substancialmente o Oriente Médio," diz. "Tempo é curto se o engajamento diplomático pode ter alguma chance de sucesso."

Novo cabeça da União Européia acredita que mudança climática é um mito
por David Charter (Correspondente Europeu)
2 de Janeiro de 2009, www.timesonline.co.uk --
Traduzido por: Leandro Diniz


A nova figura chefe da União Européia acredita que a mudança climática é um mito perigoso e tem comparado a união com um estado comunista.

As visões do presidente Vaclav Klaus da República Tcheca, 67 anos, tem deixado o governo de Mirek Topolanek, seu amargo oponente, determinado a mantê-lo o mais longe possível da presidência da União Européia, o qual sucedeu ontem da França.

O presidente tcheco, que causou um incidente diplomático por jantar com oponentes do Tratado de Lisboa da União Européia numa visita recente à Irlanda, tem um amplo papel cerimonial.

Mas já existem receios de que, depois da presidência dinâmica da União Européia de Nicolas Sarkozy - incluindo suas tentativas hiper-ativas de diplomacia internacional sobre a crise de crédito e a Geórgia assim como um acordo histórico para cortar gases do efeito estufa - o esforço tcheco será dificultado na luta direta e ofuscado pela plataforma que ele dará para o Sr. Klaus e suas idéias controversas.

Diplomatas tchecos em Bruxelas insistem que o Sr. Klaus não é uma parte grande de seus planos e que estão tentando limitá-lo a um discurso para o Parlamento Europeu em Fevereiro e presidindo um encontro internacional no máximo, ou da UE com Canadá ou UE com Rússia.

Eles estão confinando suas esperanças em um almoço entre o Sr. Klaus e o Sr. Topolanek em 5 de janeiro, no qual eles esperam ver ambos os partidos acordando uma trégua depois da tentativa sem sucesso do presidente para remover seu rival do cargo de Primeiro Ministro em uma conferência do partido mês passado.

"O que é certo é que haverá pelo menos um pequeno coro de vozes vindas de Praga que não estarão cantando a mesma música," disse Piotr Kaczynski, do Centro para Estudos Políticos da Europa em Bruxelas.

"Isso provavelmente não irá causar impacto na forma que os tchecos trabalharão a presidência da União Européia. Entretanto, irá haver algum impacto negativo na influência política do presidente tcheco," ele completou.

Tensões surgiram recentemente entre o Sr. Klaus e Bruxelas quando um encontro privado com altos deputados terminou numa sucessão de xingamentos depois que eles o presentearam com uma bandeira da União Européia e disseram que eles não estavam interessados em suas visões Eurocéticas.

Sr. Klaus respondeu: "Ninguém falou comigo nesse estilo e tom em meus seis anos aqui. Pensei que esses métodos tivessem terminado para nós há 18 anos atrás. Eu vi que estava errado."

Isto levou a um contra-ataque do Sr. Sarkozy no Parlamento Europeu. Ele disse aos altos deputados: "O presidente do Parlamento Europeu não deveria ser tratado assim e o símbolo europeu não deveria ser tratado assim, não importa qual engajamento político que a pessoa tenha."

Sr. Klaus voltou a ativa após o Natal em uma entrevista numa tevê tcheca. "Atrevo-me a dizer que essas pessoas representam o cume do sentimento anti-Europeu. Eles não tem absolutamente nenhum direito de agitar a Europa em frente do seu rosto," ele disse.

Houve mais ataques, pelo menos a partir dos franceses, de que os tchecos não possuem a influência ou a capacidade para liderar a UE no que concerne ao desafio principal da crise financeira. O Sr. Sarkozy ameaçou convocar reuniões dos 16 estados-membros do Euro durante a presidência tcheca, pois os tchecos não possuem moeda única.

Nem também Sarkozy acredita que Praga tem a habilidade para lidar com uma Rússia cada vez mais nervosa, que está ameaçando uma corrida armamentista contra os planos americanos de um radar de defesa contra mísseis na República Tcheca.

Os tchecos são também um dos três únicos estados da UE que não aderiram ao controverso Tratado de Lisboa, que enfureceu Sarkozy depois de sua manobra para reviver o documento. O Sr. Klaus continuou a liderar a oposição tcheca ao tratado que ele referencia a um centralismo comunista.

Ele é inegavelmente popular com o eleitorado tcheco, tendo sido Primeiro Ministro no período de 1992-97, supervisionando a separação harmoniosa com a Eslováquia, e presidente desde 2003. Um economista que empenhou a maior parte de seu tempo como trabalhador no Czechoslovak State Bank [Banco Estatal da Tchecoslováquia] durante os anos da Cortina de Ferro, ele se tornou ativo na política como um campeão da economia de livre mercado depois de 1989 e é dito que guarda uma foto de Lady Thatcher, que admira enormemente, em sua mesa.

"O fato de Klaus possuir essas visões dificulta a tarefa de dirigir a presidência," diz Robin Shepherd, amigo-sênior da Europa no tink-tank Chatham Hause.

"Klaus não é o chefe do governo... mas ele é a figura pública da República Tcheca."

sem data, em 2008. http://www.cornwallalliance.org [1]

Cientistas, economistas, e especialistas em política se reuniram para a Conferência Internacional sobre Mudança Climática na cidade de Nova York nessa semana juntos para a publicação da Declaração de Manhattan sobre Mudança Climática depois da conferência. A Declaração diz:

"Aquecimento Global" não é uma crise global

Nós, cientistas e pesquisadores sobre o clima e campos correlatos, economistas, políticos e líderes da indústria dos negócios, nos encontramos na Times Square, cidade de Nova York, participando da Conferência Internacional sobre Mudança Climática de 2008,

Resolvendo que questões científicas devem ser avaliadas exclusivamente através do método científico;

Afirmando que o clima global tem mudado sempre e sempre irá mudar, independentemente das ações humanas, e que o dióxido de carbono (CO2) não é um poluente, mas especialmente uma necessidade para todo tipo de vida;

Reconhecendo que as causas e a extensão da mudança climática recentemente observada são assuntos de intensos debates na comunidade de ciência climática e que as afirmações freqüentemente repetidas de um suposto "consenso" entre os peritos em climatologia são falsos;

Afirmando que as tentativas pelos governos de legislar regulamentações dispendiosas sobre a indústria e os cidadãos individuais para encorajar a redução da emissão de CO2 diminuirão o desenvolvimento enquanto não trará impacto apreciável na trajetória futura da mudança de clima global. Tais políticas irão diminuir notavelmente a prosperidade futura e então reduzindo a habilidade das sociedades de se adaptarem à inevitável mudança climática, e aumentando, e não diminuindo, o sofrimento humano;

Notando que o clima quente é geralmente menos danoso para a vida na Terra que o frio;

Aqui declaramos:

Que os planos atuais para restringirem as emissões antropogênicas de CO2 são desalocações perigosas de capital intelectual e de recursos que deveriam ser dedicados a resolução dos problemas reais e sérios da humanidade.

Que não existem evidências convincentes de que as emissões de CO2 vindas das atividades industriais modernas causaram no passado, estão causando agora, ou no futuro causarão mudanças catastróficas no clima.

Que tentativas dos governos de inflingirem taxas e regulamentações dispendiosas sobre a indústria ou aos cidadãos individuais com o objetivo de reduzir as emissões de CO2 irão diminuir, sem sentido algum, a prosperidade do Ocidente e o progresso das nações em desenvolvimento sem afetar o clima.

Esta adaptação como necessária é massivamente mais benéfica do que qualquer tentativa de mitigação e de que um enfoque sobre essa mitigação irá desviar a atenção e os recursos dos governos para longe de resolver os verdadeiros problemas dos seus povos.

Que a mudança climática causada pelo homem não é uma crise global.

Agora, então, nós recomendamos --

Que os líderes mundiais rejeitem as visões expressas pelo Painel Intergovernamental das Nações Unidas sobre as Alterações Climáticas assim como as obras populares, mas desinformativas como "Uma Verdade Inconveniente."

Que todas as taxas, regulamentações, e outras intervenções com o intuito de reduzir as emissões de CO2 sejam imediatamente abandonadas.

Concordado em Nova York, 4 de março de 2008


(Leitores podem endossar a Declaração de Manhattan em: http://www.climatescienceinternational.org/images//manh.dec.forms.pdf)

A conferência, patrocinada pelo Heartland Institute, reuniu cientistas, economistas e peritos em política de todo o mundo que questionam o Painel Intergovernamental das Nações Unidas sobre as Alterações Climáticas e outros que clamam que o aquecimento global provocado pelo homem ameaça com impactos catastróficos e precisa ser detido através de cortes mandatórios nas emissões de dióxido de carbono. Aproximadamente cem apresentações, muitas em sessões paralelas, foram dadas na conferência. O relatório mais completo na conferência que eu vi de longe foi de Marc Morano do Comitê do Senado sobre Meio Ambiente & Obras Públicas. O relatório de Morano inclui links para muitas coberturas da mídia sobre a conferência -- e esclarece com maestria as influências na maioria das coberturas. Como um ex-reporter jornalístico, editor, e publicitário eu mesmo, de quem o pai foi jornalista durante boa parte da vida comprometido com a visão de que jornalistas devem reportar e não opinar, achei a maioria das coberturas vergonhosas, e é particularmente irônico que um partidário da equipe do Senado, Morano, superou em larga escala os jornalistas profissionais em suas próprias profissões.

Oradores na sessão plenária da conferência e os títulos de suas apresentações incluem:

* Patrick J. Michaels, Ph.D., professor pesquisador de ciências do meio ambiete da Universidade de Virginia e editor do online World Climate Report, [Aquecimento Global: Alguns Fatos Convenientes] “Global Warming: Some Convenient Facts”

* Robert C. Balling, Jr., Ph.D., professor de climatologia da Universidade do Estado do Arizona, [O Aumento na Temperatura Global: O que isso nos diz e o que não nos diz] “The Increase in Global Temperature: What It Does and Does Not Tell Us”

* Ross McKitrick, Ph.D., professor associado de economia da Universidade de Guelph, Ontário, Canada, [Quantificando a Influência dos Processos Processos Antropogênicos da Superfície sobre os Dados Entrelaçados do Clima Global] “Quantifying the Influence of Anthropogenic Surface Processes on Gridded Global Climate Data”

* Tim Ball, Ph.D., consultor de meio ambiente e ex-professor de climatologia da Universidade de Winnipeg, Manitoba, Canada, [Clima é uma Disciplina Genérica] “Climate Is a Generalist Discipline”

* S. Fred Singer, Ph.D., fisicista espacial e atmosférico, famoso professor e pesquisador da Universidade de George Maso e professor emérito de ciência do meio ambiente da Universidade de Virginia, [O Relatório do IPCC: Natureza, Atividade não-Humana, Governa o Clima] “The NIPCC Report: Nature, Not Human Activity, Rules the Climate”

* William M. Gray, Ph.D., professor de metereologia da Universidade do Estado do Colorado e especialista de longa data em estudos sobre furacões, [Oceanos, não dióxido de carbono, estão influenciando o Clima] “Oceans, Not Carbon Dioxide, Are Driving Climate”

* Vaclav Klaus, Ph.D., presidente da República Tcheca, e economista, [Porque não devemos cometer grandes erros sobre a mudança climática] “Why We Should Not Make Big Mistakes Over Climate Change”

* Roy W. Spencer, Ph.D., principal research scientist for the University of Alabama, Huntsville, former senior scientist in climate studies with NASA, “Recent Evidence for Reduced Climate Sensitivity”

* John Stossel, ABC News correspondent, “Freedom and Its Enemies”

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[1] Traduzido por Leandro Diniz voltar

quinta-feira, 5 de março de 2009

Democídio versus Genocídio: Qual é o que?*

Democídio versus Genocídio: Qual é o que?*
by R.J. Rummel [1]

Maio, 1998. http://www.hawaii.edu/powerkills/welcome.html[2]

É impossível dissociar linguagem de ciência ou ciência de linguagem, pois cada ciência natural (ou social) sempre envolve três coisas: a sequência de fenômenos sobre a qual a ciência é baseada; os conceitos abstratos que chamam esses fenômenos à mente; e as palavras nas quais esses conceitos são expressados. - Antoine Laurent Lavoisier, 1789


Quais são as diferenças e similaridades entre democídio e genocídio? Como definido, elaborado, e qualificado no Capítulo 2 de Death by Government, democídio é qualquer assassinato pelo governo - por oficiais agindo sobre a autoridade do governo. Isto é, eles agem implícita ou explícitamente de acordo com políticas governamentais ou com a autorização implícita ou explícita dos maiores oficiais. Como, por exemplo, foi o enterro de chineses vivos pelos soldados japoneses, o assassinato de refén pelos soldados alemães, a morte por fome dos ucranianos pelo governo comunista, ou a queima de cidadãos japoneses vivos bombardeados propositadamente pelo ar pelas forças americanas.

Genocídio, entretanto, é um confuso e problemático conceito. Pode ou não incluir assassinatos pelos governos, refere-se a eliminar total ou parcialmente um grupo, ou involve dano psicológico. Se isso inclui assassinatos por governos, pode significar todos esses tipos ou somente alguns. Analisando isso, genocídio pode ter três significados diferentes.

Um significado é aquele definido pelo acordo internaticonal, a Convenção para a Prevenção e Repressão do Crime de Genocídio. Isto faz do genocídio um crime punível sob lei internacional, e o define como:

qualquer desses atos cometidos com intenção de destruir, no todo ou em parte, um grupo nacional, étnico, racial ou religioso, como:

(a) Matando membros do grupo;
(b) Causando danos corporais ou mentais aos membros do grupo;
(c) Inflingindo deliberadamente no grupo condições de vida calculadas com intuito de causar destruição física em parte ou no todo;
(d) Impondo medidas com intenção de prevenir nascimentos dentro do grupo;
(e) Transferindo pela força crianças de um grupo para outro.

Note que somente a primeira cláusula inclui claramente matanças, enquanto as outras cláusulas cobrem formas de eliminar o grupo que não sejam pela matança. Eu chamarei essa definição de genocídio de o sentido legal, já que agora é parte da Lei Internacional.

Apesar dessa definição, sem dúvida influenciada pelo Holocausto, o uso ordinário e o uso por estudantes do genocídio tem a tendência de equacionar completamente isso com o assassinato e somente assassinato pelo governo de pessoas em relação sua participação (ou, o que é chamada indelével) em uma nação, uma etnia, uma raça ou a uma religião. Essa maneira de ver o genocídio tem se tornado tão impegnada que parece completamente falso dizer, por exemplo, que os Estados Unidos cometeram genocídio contra o grupo étnico havaiano ao forçar suas crianças a estudar inglês e normas e valores americanos. Ainda, no sentido legal de genocídio, isto é argumentativamente verdadeiro. A equação de genocídio com a matança de pessoas por conta de seu pertencimento indelével a um grupo eu chamarei de sentido comum de genocídio.

Em alguns usos e especialmente entre os estudantes do genocídio, o conceito tem sido redefinido para preencher um vazio. Onde fica o assassinato pelo governo de pessoas por outras razões que sua indelével participação num grupo? Onde fica os esquadrões organizados do governo eliminando simpatizantes do comunismo, assassinando oponentes políticos, ou limpando a população de antirevolucionários. Onde fica simplesmente o cumprimento da cota de mortes (como na União Soviética sob o governo de Stálin). Nenhum desses assassinatos são genocídios de acordo com os sentidos legal e comum. Isso poderia ser nomeado como o sentido generalizado de genocídio.

É óbvio, o problema com o sentido generalizado de genocídio é que para cobrir um vazio cria um outro. Se genocídio incluir todas as matanças de governos, como chamaríamos o assassinato de pessoas por conta da sua participação em um grupo? É precisamente por esse problema conceitual que eu criei o conceito de democídio.

Nós agora temos três significados de genocídio: legal, comum e generalizado. Como eles se relacionam com o democídio? Deixe tentar esclarecer isso através dos Diagramas de Venn. A Figura 1A mostra dois círculos, um contendo todos os casos de democídio, o outro todos os casos de genocídio. Fora dos dois círculos estão todas as outras formas de comportamento que não são nem democídio nem genocídio. Agora, para o sentido legal de genocídio, somente parte do círculo de genocídio irá sobrepor-se o que democídio, como mostra a figura. Isso acontece pois o sentido legal não inclui matanças, enquanto demicídio inclui somente assassinatos. A parte sobreposta dos círculos compreendem aqueles casos de democídio que são matanças genocidas de pessoas a fim de erradicar seu grupo, total ou parcialmente. A parte do círculo de democídio fora da sobreposição contém os assassinatos por outros motivos.

A Figura 1B mostra o círculo de genocídio em seu sentido comum. Então o círculo de genocídio é o menor dentro do círculo de democídio. O que é, nesse significado genocídio é um tipo de democídio, mas existem outros tipos de democídio também, como o politicídio [3] ou o bombardeio de civis (veja tabela 2.1 do Capítulo 2).

Agora referindo à Figura 1C para o sentido generalizado de genocídio, os círculos de genocídio e democídio são os mesmos: democídio é genocídio e genocídio é democídio. Um dos conceitos é, então, redundante contra o outro. Mas então, como eu geralmente aponto, o que nós chamamos do assassinato de pessoas porque elas são, digamos, muçulmanas, judias ou americanas? Este é certamente um tipo de assassinato que deve ser discriminado e entendido.

O progresso de nosso conhecimento de matanças por governos depende fundamentalmente da clarificação e significação de nossos conceitos. Especialmente, esses conceitos devem se referir ao comportamento do mundo real e a eventos que podem ser claramente e de maneira similar discriminados independentemente dos observadores e seus preconceitos. Pelo que qualquer áera dos estudos sociais estão carregadas com predisposições e influências, isso certamente tem a ver com o quem, por que, quando e como dos assassinatos por governos (o significado de "governo" e "assassinato" são eles mesmos conceitos que requerem clarificações, como eu tentei fazer no Capítulo 2). Por essas razões acredito que ambos genocídio no sentido comum e democídio como eu o defini possuem papéis importantes no entendimento da matança por governos. O sentido legal de genocídio, entretanto, é muito completo e inclui comportamentos bem diferentes no tipo, como matança por governos, dano psicológico induzido pelo governo, tentativas governamentais de eliminar um grupo no todo ou em parte (qual significado empírido podemos dar para "em parte"?), ou remoção de crianças pelo governo (remoção de qual porcentagem constitui genocídio?), e assim por diante. No caso de democídio, a grande maioria de mantaças por governos é manifetadamente assassinato - o intuito de cometer assassinato é inerente ao ato mesmo.

Por exemplo, soldados enfileirando civis no paredão e atirando neles até a morte sem um julgamento justo é manifestadamente assassinato pelo governo. E em seu sentido comum, a maior parte dos genocídios podem ser discriminados igualmente, como no Holocausto ou no genocídio armênio na Turquia durante 1915-1916.

A conclusão é que genocídio deve ser ordinariamente entendido como matança por governo de pesssoas por causa de sua participação indelével em um grupo (deixe os advogados internacionais brigarem com o sentido legal) e democídio como qualquer assassinato pelo governo, incluindo essa forma de genocídio.

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* Maio, 1998. Isso foi escrito para esse website buscando esclarecer a distinção entre genocídio e democídio. O conceito de democídio é único desse website enquanto genocídioé de uso geral, entretanto como será mostrado aqui, muito confundido na literatura. voltar

[1] Rudolph Joseph Rummel (nascido em 21 de Outubro, 1932) é professor emérito de ciência política da Universidade do Havaí. Ele tem dedicado sua carreira em recolher e juntar dados sobre violência coletiva e guerra procurando ajudar através disso sua resolução e eliminação. Rummel cunhou o termo democídio para matanças por governos. fonte (http://en.wikipedia.org/wiki/R._J._Rummel) voltar

[2] Traduzido por Leandro Diniz voltar

[3] Politicídio - Politicídio tem três significados relacionados porém distintos. Pode significar uma tentativa gradual, porém sistemática, de causar aniquilação de uma entidade política ou social independente. Por exemplo, a destruição do sistema de Apartheid na África do Sul. Outros têm usado o termo para significar a destruição física deliberada de um grupo que divide uma característica principal de pertencer a um movimento político - essa definição tem sido usada por que tais grupos não estão cobertos sob a United Nations Convention on the Prevention and Punishment of the Crime of Genocide (CPPCG) [Covenção dos Estados Unidos para a Prevenção e Repressão do Crime de Genocídio]. CPPCG cobre unicamente a destruição deliberada de grupos nacionais, étnicos, raciais ou religiosos. Um terceiro uso é notado pelo Dicionário de Inglês de Oxford e descreve suicídio político como uma ação que danifica irreparavelmente uma carreira política de uma pessoa. fonte (http://en.wikipedia.org/wiki/Politicide) voltar