quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Como se as Coisas Não Estivessem Suficientemente Ruins, Professor Russo Prevê o Fim dos Estados Unidos da América

Moscou - Por uma década, o acadêmico russo Igor Panarin [3] tem previsto que os EUA vão se esfacelar em 2010. Durante quase esse tempo todo, ele admite, poucos levaram seu argumento - que um colapso econômico e moral vai desencadear uma guerra civil e eventual destruição dos EUA - a sério. Agora ele encontrou uma forte audiência: a mídia estatal russa.

Nas últimas semanas, ele tem sido entrevistado quase duas vezes por dia sobre sua previsão. "É um recorde," diz o professor Panarin. "Mas eu acho que a atenção vai crescer cada vez mais."

Professor Panarin, 50 anos de idade, não é uma figura desconhecida. Um ex-analista da KGB, ele é reitor da Academia do Ministério russo dos Negócios Estrangeiros para futuros diplomatas. Ele é convidado para recepções no Kremlin, palestra para estudantes, publica livros, e aparece na mídia como um perito em relações entre Rússia e EUA.

Mas é sua previsão sinistra para os EUA que é música para os ouvidos do Kremlin, que nos últimos anos tem culpado Washington por tudo, desde a instabilidade no Oriente Médio até a crise financeira mundial. A visão de Panarin também encaixa perfeitamente com a narrativa do Kremlin que a Rússia está retornando ao seu correto lugar no cenário mundial depois das trevas da década de 1990, quando muitos temeram na quebra do país economica e politicamente e sua posterior divisão em vários territórios.

Um homem educado e agradável com corte de cabelo militar (curto), Sr. Panarin insiste que ele não desgosta dos americanos. Mas ele alerta que a previsão para eles é tenebrosa.

"Existe hoje uma chance de 45-55% que a desintegração ocorrerá," ele diz. "Alguém poderia regozijar com esse processo," ele adiciona, indiferente. "Mas se estamos falando razoavelmente, não é o melhor cenário - para a Rússia." Mesmo que a Rússia se tornasse poderosa no nível mundial, ele diz, sua economia sofreria, pois ela depende fortemente hoje em dia do dólar e das transações com os EUA.

O Sr. Panarin apresenta, resumindo, que a imigração em massa, o declínio econômico, e a degradação moral vai desencadear uma guerra civil no próximo outono e o colapso do dólar. Mais ou menos em fins de Junho de 2010, ou no início de Julho, ele diz, os EUA irão partir-se em seis pedaços - com o controle do Alasca vindo para a Rússia.

Além da crescente cobertura da mídia estatal, que é fortemente controlado pelo Kremlin, as idéias de Panarin estão agora sendo amplamente discutidas entre os especialistas locais. Ele apresentou sua teoria em uma recente mesa redonda em uma discussão no Ministério do Exterior. A melhor escola de relações esteriores do país o apresentou como palestrante principal. Durante uma aparição no canal de tevê estatal Rossiya, a estação alternava entre seus comentários e filmagens de filas em restaurantes populares e massas de mendigos nos EUA. O professor também tem sido exibido no canal de propaganda de língua americana do Kremlin, "Russian Today".

A visão apocalíptica de Panarin "reflete um alto nível de anti-Americanismo na Rússia atual." diz Vladimir Pozner, um eminente jornalista de televisão na Rússia. "É muito maior do que era na União Soviética."

Pozner e outros comentadores e especialistas sobre os EUA desacreditam as previsões de Panarin. "Idéias malucas não são geralmente discutidas por pessoas sérias," diz Sergei Rogov, diretor do "Institute for U.S. and Canadian Studies"(Instituto para estudos sobre os EUA e Canadá) gerido pelo governo, que pensa que as teorias de Panarin não se sustentam.

O currículo de Panarin inclui muitos anos de experiência na KGB soviética, uma experiência compartilhada por outros altos oficiais russos. Seu escritório, no centro de Moscou, mostra seu orgulho patriótico, com bandeiras na parede sustentando o emblema da FSB, a agência sucessora da KGB. Também está cheio de estátuas de águias; uma águia com cabeça dupla era o símbolo da Rússia Czarista.

O professor diz que ele iniciou sua carreira na KGB em 1976. Na Rússia pós-Soviética, ele ganhou um doutorado em ciência política, estudou economia americana, e trabalhou para a FAPSI (Federal Agency of Government Communications and Information) (Agência Federal de Informação e Comunicação Governamental), então a equivalente russa da "Nationa Security Agency" (NSA) americana. Ele diz que fazia previsões estratégicas para o então presidente Boris Yeltsin, adicionando que os detalhes são "secretos."

Em Setembro de 1998, ele compareceu a uma conferência em Linz, Aústria, voltada para informações militares, o uso de dados para ter vantagem sobre o inimigo. Foi lá, em frente a 400 delegados membros, que ele apresentou pela primeira vez sua teoria sobre o colapso dos EUA em 2010.

"Quando eu apertei o botão no meu computador e o mapa dos EUA desintegrou, centenas de pessoas ficaram estupefatas," ele relembra. Ele disse que a maioria da audiência era cética. "Eles não acreditaram em mim."

Ao final da minha apresentação, ele diz que muitos delegados pediram para que ele autografasse cópias do mapa mostrando os EUA desmembrado.

Ele baseou sua previsão em material secreto fornecido para ele pelos analistas da FAPSI, ele diz. Ele prediz que tendências econômicas, financeiras e demográficas vão provocar uma crise social e política nos EUA. Quando a coisa ficar realmente feita, ele diz, os Estados mais ricos vão retirar seus fundos do governo federal e efetivamente romper com a união. Agitação social e até uma guerra civil vai vir. Os EUA então vão se separar entre linhas étnicas, e governos estrangeiros vão invadir.

A California formará um núcleo do que ele chama "A República da Califórnia," e será parte da China ou sobre influência chinesa. Texas será o coração da "República do Texas," um grupo de estados que ou vão cair sobre domínio mexicano ou cairão sofre influência do México. Washington D.C., e Nova York serão parte da "América Atlântica" que pode vir a se unir com a União Européia. Canada pegará um grupo dos estados do nordeste que Panarin chama de "A República Central Norte-Americana." Havaí, ele sugere, será um protetorado do Japão ou da China, e o Alaska vai ser englobado pela Rússia.

"Seria razoável para a Rússia ficar com o Alasca; ele foi parte do Império Russo por um longo tempo." Uma imagem de satélite enquadrando o Estreito de Bering que separa o Alasca da Rússia como um fio está pendurado na parede de seu escritório. "Não está aí sem razão," ele diz com um sorriso cínico.

O interesse em sua previsão reacendeu nesse outono quando ele publicou um artigo na Izvestia, um dos maiores jornais diários nacionais da Rússia. Nele, ele reiterou sua teoria, chamando a dívida externa americana "um esquema em pirâmide," e previu que a China e a Rússia usurparão o papel de Washington como um regulador financeiro global.

Os americanos esperam que o presidente eleito Barack Obama "pode fazer milagres," ele escreveu. "Mas quando a primavera vir, estará claro que não haverá milagres."

O artigo trouxe uma questão sobre sobre a reação da Casa Branca sobre a previsão de Panarin veiculado na conferência de notícias de Dezembro. "Eu terei que recusar a comentar," a porta-voz Dana Perino disse entre muitos risos.

Para o Professor Panarin, a resposta da Sra. Perino foi insignificante. "A forma que a resposta foi dada é uma indicação de que minha visão está sendo ouvida muito atentamente," ele diz.

O professor diz que está convencido que as pessoas estão levando sua teoria mais à sério. Pessoas como ele previram cataclismas similares antes, ele diz, e estavam certas. Ele cita o cientista político francês Emmanuel Todd. O Sr. Todd é famoso por ter previsto acertadamente a queda da União Soviética - com 15 anos de antecedência. "Quando ele previu o colapso da União Soviética em 1976, as pessoas riram dele," diz o professor Panarin.


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[1] É correspondente do jornal Wall Street Journal em Moscou. voltar

[2] Traduzido por Leandro Diniz. voltar

[3] Igor N. Panarin (Russia)

Doutor em Ciências Políticas, professor da Academia do Ministério russo dos Negócios Estrangeiros, Rússia. É autor de nove livros, «Infowar and power”, “Infowar and world”, “Infowar and election”, e outros, e muitos ensaios políticos publicados em vários journais. voltar

O Futuro Chefe Espião Leon Panetta preferido por Obama Apoiava um Think Tank Ligado-ao-Comunismo Anti-CIA

por Emerson Vermaat*
8 de Janeiro de 2009, Califórnia - Pipelines.org – **


Leon Panetta, a escolha para futuro chefe da CIA do presidente eleito Barack Obama, simpatizava fortemente com a "Institute for Policy Studies" (IPS) (Instituto para Estudos Políticos), um think tank baseado em Washington conhecido por sua oposição à Comunidade de Inteligência, notavelmente a CIA. Como membro do Congresso Panetta apoiou o IPS na "Coalition for a New Foreign and Military Policy Line" (Coalisão para uma Nova linha de Política Estrangeira e Militar) em 1983. Ele foi também um dos congressistas que encarregavam bienalmente o IPS de produzir um orçamento "alternativo" que cortava dramaticamente os gastos com defesa. Ele fez isso junto com, entre outros, seu colega democrata John Conyers, conhecido pelo seu contato íntimo com o "World Peace Council" (WPC) (Conselho de Paz Mundial), uma organização financiada e liderada pelo antigo "International Department of the Communist Party of the Soviet Union" (ID-CPSU) (Departamento Internacional do Partido Comunista da União Soviética). E existe informação ainda mais chocante: O Serviço Secreto da Rússia Soviética, a KGB, aparece como altamente interessada nas atividades do IPS. Esse think tank controverso era alvo de vários agentes da KGB que serão mencionados abaixo.

O "Federal Bureau of Investigation" (FBI) possui um arquivo enorme sobre o "Institute for Policy Studies" e seus fundadores. Alguns dos documentos do FBI são altamente reveladores. O IPS foi fundado em 1963 por Markus Raskin e Richard Jackson Barnet.

Um "Memorando" do FBI datado de 4 de Maio de 1970, classifica Richard Barnet como um "comunista". O Memorando do FBI diz que no IPS "a fábrica de idéias ajudou a treinar extremistas que incitam a violência nas cidades americanas, e que a fachada de pesquisadores acadêmicos serve para intriga, e agito político." "Barnet é um associado íntimo de Markus G. Raskin e Arthur I. Waskow. Os discursos públicos de Barnet são anti-Americanos em seu conteúdo."[1]

Durante a Guerra do Vietnã Barnet abertamente se aliou com os Comunistras Norte-Vietnamitas. O memorando do FBI diz:

"Barnet parece ser um representante político estrangeiro e expert do 'Institute for Policy Studies'. Ele tem viajado para a Europa, para a União Soviética e o Vietnã do Norte em diversas ocasiões e participado em conferências com os oficiais de alto escalão do governo Norte-Vietnamita. Em sua última visita a Hanoi em Novembro de 1969, ele foi citado no jornal Washington Post dizendo, em um discurso público para o povo norte-vietnamita, que os vietnamitas estão lutando 'contra os mesmos agressores que nós vamos continuar lutando em nosso país.'"

Durante Fevereiro de 1969 viajou para encontrar com os norte-vietnamitas em Paris, Barnet estava identificado como viajando com Cora Weiss, uma líder nacional do "Women´s Strike for Peace" (Luta feminina pela paz), e Rennard Davis e Dave Dellinger, ambos eminentes líderes nacionais no Movimento da Nova Esquerda e acusados condenados no julgamento em Chicago do 'Conspiracy 7'."[2]

"Contatos conhecidos com agentes da inteligência Soviética e dos países do Bloco Soviético." (FBI)

A parte mais interessante do documento é a suposição pelo FBI que Barnet não era somente um companheiro de viagem de comunistas ou simpatizante. Existem, o memorando do FBI de 1970 diz, "contatos conhecidos com agentes da inteligência Soviética e dos países do Bloco Soviético":

"Analizando as atividades de Barnet, está indicado que ele tem demonstrado sua disposição para usar sua posição de inflência com o IPS para desacreditar e minar a política americana, tanto doméstica quanto estrangeira. Também pelos seus contatos conhecidos com agentes da inteligência Soviética e dos países do Bloco Soviético, e pelas conferências com os norte-vietnamitas. É visível que ele pode de maneira concebível ser considerado um potencial agente espião." [3]

Um documento posterior do FBI também classifica Barnet, o co-diretor do IPS, como um "comunista", fornecendo detalhes sobre seus "contatos com o pessoal da Embaixada Soviética." O jornal comunista da Costa Leste "Daily World" publicou um dos discursos de Barnet em sua edição de 6 de Agosto de 1970. [4]

O mesmo documento do FBI, datado de 13 de Maio de 1971, declara: "Barnet foi identificado como tendo contato com o pessoal da Embaixada Soviética nos Estados Unidos, proferindo um discurso público declarando que Nixon utilizará armas nucleares no Vietnã." Este, por sinal, foi o discurso publicado pelo "Daily World." Barnet disse: "Nixon se encontrará numa posição em que se veja fortemente inclinado a usar armas nucleares táticas na Indochina." [5]

S. Steven Powell foi empregado como um tipo de estagiário no escritório de Washington da IPS. Ele conseguiu ganhar a confiança de muitos membros da equipe. Mas ele teve "encontros estranhos com diplomatas do Bloco Leste que frequentavam o 'Institute for Policy Studies'." Eles eram agentes da KGB que obviamente tentaram recrutar membros da equipe do IPS ou estavam envolvidos com o que pode ser interpretado como uma variedade de operações de inteligência. Um deles era Valeriy Lekarev, Terceiro Secretário do Departamento de Troca Cultural da Embaixada Soviética em Washington e, de acordo com Powell, "chefe de comunicação entre 'Soviet Institute for the Study of the USA and Canada' (Instituto Soviético para Estudos sobre os EUA e Canadá) e o IPS." Ex-Oficial da KGB Stanislav Levchenko, quem eu entrevistei várias vezes, me disse que esse "Soviet Institute for the Study of the USA and Canada" baseado em Moscou estava repleto de agentes da KGB e da GRU (=Inteligência Militar Soviética). Um deles era um general de nome Mikhail Milshstein. (Eu também entrevistei Milshstein; aconteceu durante uma conferência organizada pelo front do Partido Comunista Soviético - no Vietnã.)

Somente no período de um ano, Lekarev foi visto no IPS mais de uma dúzia de vezes, assim como também foi visto outro diplomata soviético, Victor Taltz, escreve S. Steven Powell em seu estudo completo, "Inside the Institute of Policy Studies" (Por dentro do IPS) [6] Por algum motivo Lekarev estava notavelmente interessado na carreira futura de Powell. Powell: "Quando eu falei da possibilidade de ir para o serviço estrangeiro ou em me tornar correspondente estrangeiro ele se interessou." [7] Powell declarou que poderia estar interessado em viajar e em escrever sobre a União Soviética. Mas ele logo notou o comportamento estranho de Lekarev quando estava prestes a encontrar com ele em um restaurante na Avenida Massachusetts:

"Eu cheguei lá mais cedo e peguei uma mesa do lado de fora, com uma boa vista. Um pouco depois, eu notei Lekarev andando para longe do restaurante. Ele aparentava não estar perdido, mas como se estivesse preocupado em estar sendo seguido. Cinco minutos depois ele reapareceu vindo de outra direção, aparentemente como se tivesse dado a volta no quarteirão." [8]


Depois do almoço Lekarev sugeriu outro almoço marcado. "Que tal daqui a duas semanas?" ele perguntou. Ele sugeriu depois a ida a outro restaurante e que ele pagaria a conta. Ele também pagou a conta dessa vez. Powell ficava cada vez mais suspteito:

"Eu fiquei de certa maneira surpreso quando Lekarev surgiu com um bolo de dinheiro para pagar nossa modesta conta. Eu tinha lido que a maioria dos diplomatas soviéticos não tinham o privilégio de contas de despesas - um sinal de status na Inteligência de um diplomata é se ele usa dinheiro ou cartão de crédito." [9]

Esta observação está inteiramente correta. Foi em Abril de 1978 que Arkady N. Shevchenko - Sub-Secretário Geral das Nações Unidas e ex-assessor do ministro dos Negócios Estrangeiros soviético Andrei Gromiko - chocou o comunidade diplomática mundial, procurando refúgio nos Estados Unidos. Shevchenko escreve em suas memórias "Breaking with Moscow" (Rompendo com Moscou):

"Era fácil distinguir profissionais da KGB de diplomatas e outros. A primeira pista era o dinheiro. A KGB tinha dinheiro e gastava muito mais generosamente que os diplomatas verdadeiros. (...) Eles (os agentes da KGB, V.) tinham dinheiro abundante para entretenimento. (...) Somente a KGB paga seu pessoal bem o suficientemente para que eles banquem o melhor em vestimenta Ocidental. As roupas que eles usam e os drinques que eles compram são gastos legítimos, pois a segunda coisa que entrega um agente da inteligência é o esforço que faz para cultivar estrangeiros." [10]

Shevchenko também disse que os agentes da KGB eram autorizados a cultivar livremente quantos estrangeiros fossem possíveis onde outros diplomatas soviéticos tinham muito menos liberdade para fazer. Ele declara que a missão Soviética na ONU estava repleta de agentes da KGB e da GRU ("nove de doze como também um Tcheco, um Húngaro, um Alemão Oriental e um Búlgaro"). [11]

S. Steven Powell menciona uns poucos outros diplomatas Soviéticos que procuravam cultivar membros da equipe do IPS ou apareceram em conferências do IPS em Nova York ou Washington: Victor Taltz (veja acima), Igor Mishchenko, Anatoly Manakov, Pavel Pavlov e Vladimir I. Strokin. [12]

IPS colaborou intimamente com o "Riverside Church Disarmament Program" (RCDP) (Programa de Desarmamento da Igreja de Riverside) realizado na década de 1980 pelo Rev. William Sloane e Cora Rubin Weiss. Weiss era filha de um imigrante russo chamado Samuel Rubin que votou pela chapa eleitoral do Partido Comunista em 1936, na eleição geral dos cinco distritos da cidade de Nova York. [13] Um relatório da Inteligência Holandesa diz sobre Rubin: "um pouco antes do estouro da Segunda Guerra Mundial levantou algum interesse por causa de sua filiação com o Partido Comunista e o Comintern secreto nos Estados Unidos." [14]

Em 1937 ele fundou "Fabergé perfumes," estabelecida em Nova York e Paris e subseqüentemente se tornou um milionário. em 1949 ele fundou a "Samuel Rubin Foundation," com patrimônio inicial de $ 10 milhões. Esse fundação mais tarde doou enormes somas de dinheiro para o IPS e para a organização de sua filha em Amsterdã, "The Transnational Institute" (TNI). [15]

Cora Rubin Weiss foi casada com Peter Weiss que era presidente do Board of Trustees (conselho mais elevado da organização) do IPS. [16] Ele era conhecido como um ativista pró-Cuba. Cora Weiss e o Rev. William Sloane Coffin - que falava russo - encontravam com freqüência diplomatas russo que tinham interesse ativo no "Riverside Church Disarmament Program" tentando promover causas comunistas soviéticas (membros da Riverside Church eram encorajados a visitar a União Soviética, por exemplo). Oficiais da KGB Yuri Kupralov, ficou em Washington D.C., e Sergei Paramonox, sobre disfarce de diplomata da ONU, participava de conferências no RCDP. Oficiais da KGB Sergei Divilkovsky e Vladimir Shustov estavam também freqüentemente presentes. [17]

A campanha intensa do IPS/TNI para desacreditar a CIA

Ambos IPS e a "Riverside Church" faziam voz de oposição contra as políticas dos EUA em geral e da Comunidade de Inteligência Americana em particular. Existia um esforço planejado para desacreditar a CIA e a NSA (National Security Agency) com participação de Peter Weiss, Markus Raskin, Saul Landau (um amigo pessoal de Fidel Castro), Morton Halperin, William Schaap e ex-agente da CIA Philip Agee. O "Center for National Security Studies" (CNSS) (Centro de Estudos para Segurança Nacional) foi criado pelo IPS não apenas para dificultar as agências de Inteligências Americanas em juntar informações, mas para banir todas essas atividades de uma vez por todas. Um "Organizing Committee for the Fifth Estate" (Comitê Organizado para o Quinto Estado) foi criado em 1974 e o co-fundador do IPS Markus Raskin ingressou no "Conselho Consultor." Esse comitê publicou a revista "Counterspy" (contra-espião) que revelava os nomes de operativos da CIA. Um dos nomes publicados pela "Counterspy" foi o do chefe da estação da CIA de Atenas Richard L. Welch que subseqüentemente foi assassinado (1975). Ex-Agente da CIA Philip Agee era a força por trás da "Counterspy". [18]

Mas Agee não era somente um ex-Oficial desleal da CIA. Ele tomou o caminho pouco usual de desertar ambos o Serviço de Inteligência Cubano DGI e o Serviço Secreto Russo KGB. Ex-Oficial da KGB Vasili Mitrokhin escreveu que o codinome de Agee na KGB era "Pont." De acordo com Mitrokhin, que teve acesso a um alto número de arquivos secretos da KGB, a KGB ativamente ajudou Agee a escrever seu livro "Inside the Company," (Dentro da Companhia) um best-seller publicado em 1975. "Ele foi" da KGB a "ferramenta mais valiosa para desacreditar a Agência," disse Mitrokhin. [19] E ele adiciona:

"Enquanto Agee estava escrevendo seu livro na Inglaterra, a KGB mantinha contato com ele através de seu co-operador, Edgar Anatolyevich Cheporov, correspondente em Londres da agência de notícias Novosti e da Literaturnaya Gazeta. Pela insistência do Service A, ('Service A' era, entre outras coisas, encarregado de 'desinformação,' V.) Agee removeu todas as referências da penetração da CIA nos partidos Comunistas da América Latina de seu original antes da publicação." [20]

A KGB ajudou igualmente quando Agee planejou escrever um livro sobre a CIA na África:

"No começo de 1979, Oleg Maksimovich Nechiporenko do 'Directorate K' e A.N. Itskov do 'Service A' encontraram Agee em Cuba e lhe deram uma lista de oficiais da CIA trabalhando no continente Africano." [21]

"Arquivos notados por Mitrokhin, declaram que a 'Covert Action Information Bulletin' foi fundada 'sob iniciativa da KGB' e que o grupo que administrava ela (que era dado o codinome de RUPOR), que se encontrou pela primeira vez na Jamaica no início de 1978, foi reunido pelo FDC Directorate K (Contra Inteligência). O Bulletin foi editado em Washington por Bill Schaap, um advogado radical de codinome RUBY pela KGB, sua mulher, a jornalista Ellen Ray e dois desleais ex-membros da CIA, Jim e Elsie Wilcott." [22]

Em 1973 o IPS fundou o "Transnational Institute" (TNI) (Instituto Transnacional), uma organização filial em Amsterdã, na Holanda. Um relatório da Inteligência Holandesa diz que foi Samuel Rubin mesmo que foi "a força motriz por trás da criação do TNI." [23] Em 1976 a Rubin Foundation doou $ 400,000 para o TNI. (Rubin morreu em 1978.)

Quando o ex-Agente da CIA Philip Agee estava prestes a ser expulso da Inglaterra onde ele buscou refúgiu temporário, o "Transnational Institute" imediatamente o convidou para Amsterdã. Uma das pessoas que ele encontrou lá foi Gretta Bedier de Prairie-Nieuwenhuizen. "Nieuwenhuizen" é o nome de solteira de Gretta, "Bedier de Prairie" era o nome de seu marido na época. Sra. Bedier de Prairie estava presente no ato que permitiu Agee permanecer e trabalhar na Europa. Depois de sua chegada em Amsterdã, o "Dutch Internal Security Service" (BVD) (Serviço de Segurança Interno Holandês) aconselhou o governo holandês a deportá-lo. Mas em Março de 1978 Agee se casou com a cantora americana Gysela Ingool, que, então, vivia em Hamburgo. Gretta Bedier de Prairie estava presente no casamento como uma testemunha oficial. Graças ao seu casamento com a mulher americana em Hamburgo, Agee foi capaz de se estabelecer por lá. [24]

Depois de seu divórcio, Gretta se casou com o banqueiro holandês Willem Duisenberg. Daquele momento em diante ela passou a ser conhecida como "Gretta Duisenberg." Não demorou muito para que ela começasse a abraçar causas radicais palestinas.

Uma das pessoas interessantes que apoiou financeiramente Philip Agee durante sua posterior estadia em Amsterdã foi um homem paquistanês de nome Mahtaq Malik. Malik também aparece como amigo íntimo de Gretta. (Ele frequentemente visitava a casa de Gretta em Amsterdã em Bernard Zweerskade.) O mesmo Malik era um dos traficantes de drogas mais proeminentes na Holanda. (O próprio filho de Gretta Duisenberg era um traficante de drogas, também; ele conseguiu escapar de uma prisão tailandesa e subsequentemente retornou para a Holanda onde sua mãe orgulhosamente o acolheu.)

Comentários conclusivos

Leon Panetta não é a melhor escolha para chefiar a CIA. Existem sérias reservas em Washington sobre suas qualificações para tão importante posição. Obviamente, Panetta não pode de maneira alguma ser associado com serviçõs de inteligência estrangeiros hostis. Mas seu antigo apoio a um dúbio think tank como o Institute of Policy Studies - um grupo que fazia lobby aberto anti-CIA, manipulado no passado por antigos Serviços de Inteligência Soviéticos pode ser tudo menos uma recomendação para um trabalho como chefe da CIA. Essa exibição de ingenuidade deve deixar-lhe doente.

Existem melhores candidatos, Richard A. Clarke, talvez. Ele, pelo menos, é um homem que está realmente familiarizado com as atuais ameaças de segurança. Ele foi um dos primeiros que lancaçaram o alarme sobre a Al-Qaeda e Osama Bin Laden. Barack Obama não deveria errar da mesma maneira que o ex-presidente Jimmy Carter errou ao apontar o Almirante Stansfield Turner para chefe da CIA em 1977. Possuindo pouca ou nenhuma experiência em assuntos de inteligência, o novo chefe espião de Carter "eliminou muito da capacidade de HUMINT da CIA (=inteligência humana, V.) e danificou severamente a moral da Agência." [25] A Agência ficou cega, começou a subestimar as ameaças reais para a segurança da América e do mundo. Isso se mostrou fatal no caso do Irã onde o Shah, um aliado dos EUA, foi tirado do poder por fanáticos religiosos que apoioavam o Aiatolá Khomeini. Nós ainda sofremos com as consequências desse grave erro - aquela falha temporária foi fatal para as capacidades da inteligência Americana.

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*Emerson Vermaat, MA (lei), é um reporter investigativo especializado em terrorismo, crime e as antigas Alemanha Oriental e Serviços de Inteligência Soviéticos.

Ele frequêntemente visita o Oriente Médio e a África do Norte, usualmente para a televisão holandesa. Ele fez uma reportagem para um noticiário de TV em 1996 sobre "The Making of a Suicide Bomber", que foi ao ar em 40 países (World Television News, WTN). Em um estudo holandês de 1997 sobre o fundamentalismo islâmico e terrorismo ele descreveu o papel central de Osama Bin Laden no terrorismo internacional, sendo o primeiro jornalista europeu a realizar tal feito. Em 1987 ele publicou um longo artigo sobre "The East German Secret Service: Structure and Operational Focus" (Conflict Quaterly, University of New Brunswick, Canada) (O Serviço Secreto da Alemanha Oriental: Estrutura e Foco Operacional). Ele também entrevistou vários ex-Oficiais da KGB e da CIA.

Sítio: www.emersonvermatt.com voltar


** Tradução por Leandro Diniz voltar
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[1]. United States Government, Federal Bureau of Investigation, Memorandum to Director, FBI, Bufile 105-185148, from Sac. WFO (100-45302) (P), May 4, 1970, p. 1 ("communist"), p. 2 (Confidential). Author's file on IPS/TNI. voltar

[2]. Ibid., p. 2, 3. voltar

[3]. Ibid. p. 3. voltar

[4]. United States Department of Justice, Federal Bureau of Investigation, WFO 100-45302, Title Richard Jackson Barnet, May 13, 1971, p. 1 ("Character: Security Matter – Communist"), p. 3, 4 (Daily World). Author's file on IPS/TNI. voltar

[5]. Ibid., p. 4. voltar

[6]. S. Steven Powell, Covert Cadre. Inside the Institute for Policy Studies (Ottawa, Illinois: Green Hill Publishers, Inc., 1987), p. 329. voltar

[7]. Ibid., p. 333. voltar

[8]. Ibid., p. 332. voltar

[9]. Ibid.. p. 333, 334. voltar

[10]. Arcady N. Shevchenko, Breaking with Moscow (London: Jonathan Cape, 1985), p. 240. voltar

[11]. Ibid., p. 243. voltar

[12]. S. Steven Powell, op. cit., p. 329, 331. voltar

[13]. 1936 General Election New York City. For the Confidential Use of the Special Committee on Un-American Activities, Official Report. The names and addresses of the voters for the Communist Party Ticket (author's file on IPS). voltar

[14]. Binnenlandse Veiligheidsdienst (BVD), Institute of Policy Studies (confidential Dutch intelligence report, 1982), p. 2. Author's file on IPS/TNI. voltar

[15]. Institute of Policy Studies, Funding sources, p. 2 (author's file on IPS/TNI; this is not an official IPS document but the information is reliable). In 1976 the Rubin Foundation donated $ 475,000 to IPS and $ 400,000 to TNI, with an additional $ 75,000 for "General Support." voltar

[16]. Institute for Policy Studies, Tax Schedule V, 52-0788947, June 30, 1979, p. 2; flyer Institute for Policy Studies 1982-1983. Auhor's file on IPS/TNI. voltar

[17]. Author's source, New York (1986). voltar

[18]. Binnenlandse Veiligheidsdienst, Institute of Policy Studies (IPS) (confidential Dutch intelligence report, 1982), p. 7, 8. voltar

[19]. Christopher Andrew and Vasili Mitrokhin, op. cit., p. 269, 300-301. voltar

[20]. Ibid., p. 301. voltar

[21]. Ibid., p. 304. voltar

[22]. Ibid. p. 303. voltar

[23]. Binnenlandse Veiligheidsdienst (BVD), Institute of Policy Studies (IPS) (confidential Dutch intelligence report, 1982), p. 2; Binnenlandse Veiligheidsdienst, Transnational Instituut (TNI) (confidential Dutch intelligence report, 1982), p. 1. voltar

[24]. Emerson Vermaat, More troubling than inflation? Wall Street Journal Europe October 17, 2002, p. A 10; Emerson Vermaat, Gretta Duisenberg – gefährlicher als die Inflation? Der Tagespiegel (Germany), October 21, 2002. voltar

[25]. W. Thomas Smith Jr., Encyclopedia of the Central Intelligence Agency (New York: Checkmark Books/Facts On File, 2003), p. 229. voltar

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

UA perdendo a "guerra pelos corações e mentes" dos Muçulmanos

EUA perdendo a "guerra pelos corações e mentes" dos Muçulmanos
por Anwar Iqbal
Dawn.com, 11 de Janeiro de 2009[1]

resumo: nada como apresentar uma perspectiva distorcida da realidade - Muçulmanos são claros sobre suas intenções de dominar o mundo, sobre seus desejos de fazer dos EUA uma nação islâmica, sobre seu apoio ao Hamas e seu esforço para eliminar Israel e matar os judeus, sobre a falta verdadeira de revisão dos livros sagrados do Islã - nada que os EUA possam fazer ou dizer fará com que sua obstinação diminua - assim, seu ódio vai continuar inabalável - é impossível fazer amigos com aqueles que acreditam em coisas completamente adversas em questão de valores

Washington, 11 de Janeiro: O conflito em Gaza parece ter acirrado a tradicional divisão nos EUA entre a ala esquerdista liberal e os políticos do mainstream e também deu um golpe duro nos esforços dos EUA em ganhar os corações e mentes das massas muçulmanas.

Nas duas últimas semanas, grupos anti-guerra têm feito comícios para protestar contra a agressão israelense quase que diariamente. O maior comício foi feito no Sábado ao redor da Casa Branca, e trouxe dezenas de milhares de pessoas que vieram de todos os lugares dos EUA.

A maioria dos participantes foram os mesmos que vieram a todos os comícios anti-guerra. E os maiores organizadores - Brian Becker, Cindy Sheehan, Ramsey Clark, Cynthia McKinney - são conhecidos ativistas anti-guerra. O que esse protesto teve de novo foi a participação de muçulmanos e árabes. Mesmo numa rápida olhada nos nomes das organizações associadas com esses comícios mostra como que o conflito em Gaza tem mobilizado árabes e muçulmanos contra as agressões israelenses.

Os organizadores desse comício incluíram a Muslim American Society Freedom (Liberdade pela Sociedade americana muçulmana), Free Palestine Alliance (Aliança palestina livre), American Muslim Task Force (Força tarefa muçulmana americana), National Council of Arab Americans (Concelho nacional de árabes americanos), Al-Awda — International Palestine Right to Return Coalition (Direito internacional palestino de retomar a coalisão), Council on American Islamic Relations (Conselho de realções islâmico-americanas), American Muslims for Palestine (Muçulmanos americanos pela Palestina), American Muslim Alliance (Aliança muçulmana americana), US Palestinian Community Network (Rede da comunidade palestina americana), Iranian-American Friendship Committee (Comitê da amizade iraniana-americana) and the Middle East Children’s Alliance (Aliança pelas crianças do Oriente-Médio).

E eles conseguiram trazer milhares de seus apoiadores para o comício. Os protestantes agitavam bandeiras palestinas, usavam keffieyeh - o pano usado na cabeça tradicional palestino - e alguns vieram até em shalwar qamiz.

Isto marcou uma mudança na atitude dos muçulmanos e árabes americanos que tradicionalmente ficavam fora das atividades políticas, preferindo, ao invés, focar em seus negócios e nas suas profissões.

"Lá se vai a campanha de Bush para ganhar os corações e mentes dos muçulmanos," disse um protestante que se identificou como um membro do grupo chamado Act Now to Stop War and End Racism (Aja agora para acabar com a guerra e por fim ao racismo). "Se você olhar também os imensos protestos anti-guerra no mundo árabe, você poderá ver que os EUA perderam a guerra pelos corações e mentes," ela disse.

"Eu vim porque há crianças inocentes morrendo diariamente na Palestina. O povo americano precisa saber a verdade," disse Razan Ali de 13 anos de idade, uma palestina-americana de Nova York.

Os protestantes também marcharam até a central do Washington Post para protestar contra "sua forte linha pró-Israel", indo antes aos escritórios da gigante de equipamento de construção Caterpillar e da fornecedora militar Lockheed Martin.

Os organizadores apontaram que cada tanque israelense na invasão da faixa de Gaza era seguido por uma escavadeira da Caterpillar para aplainar milhares de casas. A Lockheed Martin fabrica o jato de guerra F-16 que Israel usa para bombardear alvos dentro de Gaza.

Mas esses protestos tiveram pouco impacto nos políticos do mainstream nos EUA que permaneceram solidamente pró-Isarael.

Enquanto a administração de Bush, semana passada, se absteve de votar em uma resolução do Conselho de Segurança da ONU que pedia o imediato cessar-fogo em Gaza, o Congresso Americano majoritariamente endossou um plano de Israel para uma vitória militar contra o Hamas.

Os dois movimentos deram a Israel o suporte que precisava para ignorar a ONU e continuar com seus ataques militares em Gaza.

No início dessa semana, a Câmara dos Representantes dos EUA adotou uma resolução, entitulada "Apoiando Israel em sua batalha com o Hamas terrorista", por 390 votos. Somente cinco congressistas votaram contra.

Uma resolução similar no Senado, co-patrocinada pelo líder da maioria Harry Reid e o líder republicano Mitch McConnell, foi aprovada unanimemente.

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[1] Traduzido por Leandro Diniz.

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

O Triunfo do Hifenismo

O Triunfo do Hifenismo
por James Lewis [1]
American Thinker, 19 de Janeiro de 2009 [2]

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Notas da Tradução:
1) Esse artigo no original não contém links externos. Eu os coloquei, pois algumas referências não são comuns aqui no Brasil.
2) A tradução livre de "hyphenism" para "hifenismo" procurou uma concordância análoga com "socialism" e "socialismo", "capitalism" e "capitalismo".

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"Hifenismo" foi a palavra que H.L. Mencken usou para classificar o que chamamos de "Afro-(hífen)-Americanos", "Latino-(hífen)-Americanos"", e o pior de todos, "Homem-(hífen)-Branco-(hífen)-Sulista-(hífen)-Americano". Na década de 1930, quando Mencken estava escrevendo a melhor sátira política da história Americana, eram hifenizados Irlandeses, os Alemães, os Anglo Americanos, os Judeus, e assim por diante. Hifenismo diz, "olhe no espelho. “Se você é negro, você sabe em quem deve votar."

Essa eleição é uma vitória histórica para um novo tipo de hifenismo, que pode ser chamado de hifenismo biológico. Olhe-se no espelho com essa pequena lista. Mulher? Marque esse hifenismo biológico. Gay? Marque. Negro? Marque. É perfeitamente visível no espelho, fazendo desse novo hifenismo o modo mais fácil e idiota de categorizar seres humanos e os reduzir a M&Ms coloridos. Americanos como Clarence Thomas têm sido acusados de serem "traidores da raça", um termo que deve ser instantaneamente reconhecível como Der Stümer.

A governadora Sarah Palin foi denunciada repetidamente, em termos gritantes, por Não Ser uma Mulher. É o cúmulo da degradação para verdadeiros seres humanos, se algum deles é deixado de fora. Você agora tem sido reduzido à sua cor, genitália, hábitos sexuais, idade, e assim por diante. É o sonho da sociologia e o pesadelo da psicologia. Você pode construir uma maioria política com os grupos identitários enraivecidos, sempre pesquisando suas ofensas ancestrais. Atualmente nós recompensamos oficialmente grupos identitários com empregos e oportunidades, ou benefícios da previdência. É exatamente por isso que os Bálcãs são sempre Balcanizados. Cara família étnica passa para suas crianças suas ofensas históricas. O grupo se sobrepõe o individual.

Você há de admitir que a Esquerda fez isso funcionar. Quando chega à faculdade, ou mesmo antes disso, as pessoas de alguma maneira espontânea se associam com seus colegas biológicos -- algo que a universidade moderna deveria ter superado. Negros agora são mais auto-segregados nas universidades do que eram há quarenta anos atrás. Essa é a política biológica na qual Barack Obama cresceu -- no Havaí, na Indonésia e na América. (Mulçumanos indonésios mataram centenas de milhares de cidadãos de etnia chinesa na década de 1970)

Eu conheço algumas mulheres conservadoras passionais que ainda são abaladas pelas injustiças históricas contra as mulheres. O problema é que até o Século XX, as mulheres não se identificavam como uma classe separada que sofria injustiças. Elas queriam, sinceramente, casar e ter filhos, trabalhar com afinco nos seus lares, dar à luz e criar suas crianças, e serem mantidas por um homem com um bom emprego. Ninguém as incentivou a quererem ser como J.P. Morgan. As mulheres corriam risco de vida pelos partos constantes e pela péssima medicina. Os homens corriam risco de vida nas minas, no trabalho duro no campo, em guerras -- como meio milhão de homens que morreram na Guerra Civil, se lembra dessa? -- sendo policiais, ou trabalhadores na construção de ferrovias, pobreza, embriaguez ou apenas a Influenza (gripe) mortal. Homens e mulheres estavam muito ocupados para reivindicar injustiças de gênero.

O novo, hifenismo biológico é um produto luxuoso da prosperidade geral -- muita comida, muito menos trabalho braçal -- e da constante manipulação da mídia. Faz quase um século que a 22ª emenda deu o direito às mulheres de votar. Faz 150 anos desde que a escravidão foi abolida legalmente. Mas os políticos de gênero e raça estão mais quentes do que nunca. A raiva do "God Damn America" (Maldita América) de J-Wright está "muito além do limite". Mas também, os gastos com ofensas políticas.

Estamos indo em direção a uma sociedade pós-racial? Barack Obama está, finalmente, na direção da anistia racial e de gênero? Ou estamos vendo a vitória do hifenismo biológico, separando as pessoas pelas bases mais primitivas já imaginadas?

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[1] James Lewis é cientista, escritor e consultor político. Escreve para o American Thinker e possui um blog: dangeroustimes.wordpress.com. voltar

[2] Tradução por Leandro Diniz. voltar

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Obama colocou o mundo à frente da América

por Henry Lamb [1]
World Net Daily, 10 de Janeiro de 2009 [2]

A maioria do mundo está excitada com a posse do primeiro presidente negro dos EUA. A mídia tem investido um tempo de exibição sem precedentes para transformar esse homem em um messias moderno. A celebração não acontece por que ele é negro. Candidatos negros com qualificações bem melhores, como Condoleezza Rice, Walter Wiliams ou Thomas Sowell não seriam tão festejados, nem bem vindos como presidentes. De fato, Condoleezza Rice e Colin Powell, ambos negros e Secretários de Estado, foram ridicularizados como "Tio Tom" e "Tia Jemima" por muitas das mesmas pessoas que celebraram Obama.

A cor de Obama pode ser um bônus, mas é sua filosofia que boa parte do mundo celebra.

A maioria do mundo não vê Obama simplesmente como o primeiro presidente negro, mas como o primeiro presidente a aceitar o Governo Mundial como mais importante que o governo dos EUA. Seu discurso em Berlim em Julho do ano passado prometeu "uma nova parceria mundial" e um novo "comprometimento global" para "salvar o planeta."

A fim de implementar seu comprometimento com o Governo Mundial, Obama escolheu Hillary Clinton para ser sua Secretária de Estado. Além de seu livro "It Takes a Village", Hillary apóia oficialmente os esforços da World Federalist Assossiation (Associação Federalista Mundial) em estabelecer um Governo Mundial, e publicamente apoiou a receita de Walter Cronkite do prêmio "Global Governance" (Governo Global) da WFA.

Obama nomeou Carol Browner para a nova posição de Czar da Energia. Esta mulher, até semana passada, era uma representante da Socialist International Commission for a Sustainable World Society (Comissão Internacional Socialista para uma Sociedade Mundial Sustentável) . A nova posição de Browner não requer nenhuma confirmação e está além da vigilância do Congresso. Ela terá o todo o poder para implementar administrativamente a filosofia de Obama em todas as Agências Federais.

Obama escolheu Erick Schwartz para coordenar a ligação da sua equipe de transição com as agências que lidam com os EUA. Schwartz é, entre outras coisas, a pessoa que na administração Clinton que "conseguiu uma revisão na Casa Branca que resultou na assinatura dos EUA do Estatuto de Roma do Tribunal Penal Internacional." Em um esforço para influenciar a agenda da administração de Obama sobre o Governo Mundial, arranjou uma conferência do time de transição com o Citizens for Global Solutions (Cidadãos pela Solução Global). Essas organizações são defensoras do Governo Global e estão profundamente inseridas em todas as partes da administração de Obama.

A posse de Obama é um evento histórico maior. Muitas pessoas negras - e algumas brancas - chorarão, pois viveram para ver uma pessoa negra eleita ao cargo de presidente. Muitas pessoas brancas - e alguns negros - chorarão, pois viveram para ver um presidente americano que aparentemente põe os interesses globais acima dos interesses dos Estados Unidos da América.

Espere Obama, em sua agenda global, abraçar o programa sobre aquecimento global da ONU. O mundo efervesce com a sua posse, pois o mundo espera que Obama assine e apóie o que for que a ONU desenvolveu como substituto do Protocolo de Kyoto. A resposta da ONU para o aquecimento global é a redução substancial do uso de combustíveis fósseis nas Nações em Desenvolvimento enquanto permite que as Nações Desenvolvidas façam o que desejarem. Espere novas taxas de energia nos níveis internacional, nacional e estadual. Espere novos subsídios fiscais para operações com energias alternativas e novas, taxas punitivas de impostos para usuários de combustíveis fósseis. Espere a política de Obama inspirada na ONU ser um grilhão na economia Americana.

Espere Obama re-assinar o Estatudo da Corte Criminal Internacional da ONU e demonstrar para o mundo que os EUA são, de fato, um novo membro da Comunidade Internacional. Não liguem se o documento dê poder à CCI para processar o Exército Americano ou cidadãos particulares pelo que seja que a Corte define como "crimes conta a humanidade". Durante anos, delegados da ONU têm acusado os EUA de "crimes contra a humanidade" por se recusar a ratificar o Protocolo de Kyoto.

Com o apoio de Obama, espere ver John Kerry, o novo presidente do Senate Foreign Relations Comittee (Comitê de Relações Exteriores do Senado) inserir uma série de tratados da ONU que foram protelados por anos. A Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar será uma prioridade absoluta. Este tratado declara que: "A soberania sobre o mar territorial é exercida de conformidade com a presente Convenção e as demais normas de direito internacional." (Artigo II [3]) Defensores desse tratado entregam voluntariamente a soberania nacional sobre seu mar territorial para a ONU.

A Convenção sobre os Direitos da Criança, outro tratado esperando debaixo das asas da ONU para ser ratificado, irá efetivamente retirar autoridade dos pais para criar seus filhos e a transferir para a autoridade do governo.

Olhe pela Convenção para Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as Mulheres. Phyllis Schlafly diz que esse tratado irá requerer uma revisão nas leis americanas a fim de adequá-las às fantasias das feministas internacionais.

Existem muito mais tratados da ONU esperando para serem ratificados, e ainda muitos mais em desenvolvimento. Essa é a essência do Governo Global defendido por Barack Obama e aqueles que trouxe consigo ao poder. Sua posse está longe de ser a celebração pelo primeiro presidente negro. Deve ser revista como o último passo na jornada pelo Governo Global.

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[1] Henry Lamb é o presidente do Sovereignty International (Soberania Internacional) e o fundador do Environmental Conservation Organization (ECO) (Organização para Conservação do Meio Ambiente). voltar

[2] Traduzido por Leandro Silva. voltar

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Barack Obama e a estratégia da Crise Fabricada

Barack Obama e a estratégia da Crise Fabricada
por James Simpson[1]
American Thinker, 28 de Setembro de 2008[2]

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Notas da tradução:
1) Procurei ser o máximo fiel ao texto original mas nalgumas vezes tiver que adaptar para o melhor entendimento do texto.
2) Todas as referências foram mantidas do texto original, logo todas elas estão em inglês.
3) Todos os negritos e itálicos foram mantidos do texto original, nada acrescentei.
4) Vocês podem se perguntar o porquê de esforço para traduzir um texto que expõe coisas tão faladas nos círculos honestos de divulgação, ou seja todas as tramóias do Obama. Esse texto tem particular importância, pois explica a estratégia por trás do modo de agir do Obama, e como ele está inserido no processo maior. Por isso, e somente por isso, me dei ao trabalho de traduzir esse artigo, que para o entendimento da situação atual daquele país é peça chave.
5) Não traduzi o quadro pois qualquer pessoa que ler o post inteiro não terá dificuldade de reconhecer ali todos os nomes e indicações!
6) Qualquer sugestão de modficação da tradução será bem vinda, traduzi livremente sem seguir regras nem imposições alguma. Assim não terei o menor problema em alterar partes do texto desde que mantenha o seu sentido.
7) Obrigado e boa leitura!

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Prendendo a respiração, a América espera enquanto Washington luta para tirar a economia dos EUA da beira do desastre. Mas muitos desses mesmos políticos causaram a crise, e se deixados à solta com seus ardis vão fazer tudo de novo.

Apesar do bloqueio da grande mídia, uma série de livros, programas de rádio e blogs conseguiu revelar as ligações de Barack Obama com seus mentores radicais – os terroristas do Weather Underground William Ayers e Bernardine Dohrn, o membro do Partido Comnunista Frank Marshall Davis e outros. David Horowitz e seu Discover the Networks.org também contribuíram com muitas informações, e apontaram as ligações radicais de Obama desde o início.

Que eu saiba, porém, ninguém até agora ligou todos os pontos entre Barack Obama e a Esquerda Radical. Vistas em conjunto, as influências na vida de Obama contém um mostruário do movimento esquerdista radical, e se torna dolorosamente visível que Obama não só participa voluntariamente do movimento como passou a maior parte da sua vida adulta profundamente mergulhado nele.

Mas mesmo isso não descreve inteiramente a natureza extremista desse candidato. Pode-se associá-lo diretamente a uma vasta estratégia maliciosa que motiva muitas, se não todas, das mais destrutivas organizações esquerdistas radicais dos EUA desde a década de 1960.



A Estratégia Cloward-Piven e a Crise Orquestrada

Numa mensagem anterior, apontei o histórico esquerdista de completos desastres legislativos, o último dos quais está se desenrolando agora nos mercados financeiros bem diante dos nossos olhos. Antes da ascensão republicana de 1994, os Democratas tiveram sessenta anos de poder virtualmente contínuo no Congresso – na maior parte das vezes com maioria substancial. É possível que um grupo de pessoas inteligentes, com recursos praticamente ilimitados sob o seu comando, estudando problema após problema por anos a fio, não tenha sido capaz de elaborar uma única política que funcione? Qual é a razão dessa incapacidade crônica?

Qual é a razão?

Uma de duas coisas tem de ser verdade. Ou os Democratas são idiotas completos, que na sua santa ignorância perseguem políticas cada vez mais destrutivas apesar de décadas de evidências contrárias, ou eles entendem perfeitamente as conseqüências de suas ações e ainda assim persistem na mesma direção, porque são de algum modo beneficiados por ela.

Digo a vocês que eles entendem as conseqüências. Para muitos é simplesmente uma questão prática, de obter votos do eleitorado alvo às custas do contribuinte; nós perdemos um pouco, eles ganham muito, e os políticos mantêm seus cargos. Mas para outros, o objetivo é mais maligno – o fracasso é deliberado. Não riam. Esse método não só possui seus defensores, mas possui um nome: Estratégia Cloward-Piven, que descreve os seus objetivos, as suas táticas e a sua estratégia a longo prazo.

A Estratégia foi explicada pela primeira vez na edição de 2 de Maio de 1966 da revista The Nation, por uma dupla socialistas radicais, Richard Andrew Cloward e Frances Fox Piven, professores da Universidade de Columbia. David Horowitz a resume como:

A estratégia de forçar uma mudança política através da crise orquestrada. A "Estratégia Cloward-Piven" procura acelerar a queda do capitalismo ao sobrecarregar a burocracia governamental com uma enchende de demandas impossíveis, arrastando então a sociedade para uma crise e um colapso econômico.

Cloward e Piven inspiraram-se no organizador radical (e mentor de Hillary Clinton) Saul Alinsky:

"Faça o inimigo pôr em prática seu próprio manual" escreveu Alinsky no seu livro Rules for Radicals (Regras para Radicais) de 1989. Quando pressionada a honrar cada palavra de cada lei e estatuto, cada princípio moral judaico-cristão e cada promessa implícita do contrato social liberal, a ação humana é inevitavelmente deficiente. A falha do sistema do "pôr em prática" o seu manual de regras pode então ser usado para desacreditá-lo completamente, e para substituir o manual capitalista por um socialista. (cortesia de Discorver the Networks.org)

A Newsmax esclarece mais ainda:
Sua estratégia de criar caos político, financeiro e social que resulte em revolução mistura conceitos de Alinsky com esforços mais agressivos de causar uma mudança no governo americano. Para atingir sua mudança revolucionária, Cloward e Piven procuraram usar um time de organizadores agressivos, ajudados por uma mídia amigável, para forçar uma re-distribuição da riqueza nacional.

No seu artigo na The Nation, Cloward e Piven foram específicos quanto ao tipo de "crise" que estavam tentando criar:

Por "crise", nós queremos dizer um rompimento público visível de alguma esfera institucional. Crise pode ocorrer espontaneamente (ex. revoltas) ou como resultado de táticas intencionais de protestos e manifestação em que ou se gera uma quebra institucional ou se traz para a atenção pública uma quebra até então não reconhecida.

Onde quer que a estratégia seja implementada, ela terá as seguintes características:

  1. A ofensiva organiza grupos antes dispersos, elegíveis para benefícios governamentais, mas que ainda não recebem tudo que podem receber.
  2. A ofensiva procura identificar novos beneficiários e/ou criar novos beneficiários.
  3. A finalidade é sempre impor novas pressões sobre os sistemas-alvos, com o objetivo último de forçar seu colapso.

Explorando a tensão racial da década de 1960, Cloward e Piven viram o Sistema de Previdência como seu primeiro alvo. Alistaram o ativista negro radical George Wiley, que criou o National Welfare Reform Organization (NWRO – Organização Nacional de Reforma da Previdência) para implementar a estratégia. Wiley contratou uma infantaria de militantes para invadir escritórios de previdência ao redor do país, reivindicando violentamente os seus "direitos". De acordo com um artigo de Sol Stern para o City Journal, o resultado foi um crescimento no número de beneficiados pela Previdência de 4.3 para 10.8 milhões até o meio da década de 1970, e na cidade de Nova York, onde a estratégia foi particularmente bem sucedida, "havia uma pessoa na Previdência. . . para cada duas empregadas na iniciativa privada."

De acordo com outro artigo do City Journal intitulado "Compassion Gone Mad" (Compaixão Enlouquecida):

O impacto do movimento na cidade de Nova York foi chocante: o número de casos na Previdência, que já subia 12 por cento ao ano no início da década de 1960, subiu 50 por cento nos dois primeiros anos do governo de Lyndsay; os gastos dobraram. . . A cidade tinha 150.000 casos na Previdência em 1960; uma década depois, tinha 1.5 milhão.
A vasta expansão da Previdência em Nova York causada pelas táticas Cloward-Piven da NWRO levou a cidade à falência em 1975. Rudy Giuliani citou Cloward e Piven pelo nome, como os responsáveis por "um esforço na sabotagem econômica." Ele também atribuiu à Cloward-Piven a mudança na atitude cultural em relação à Previdência que, de um expediente temporário, passou a ser vista como um direito vitalício – mudança de atitude que, em si mesma, talvez tenha causado o maior dos danos.

Cloward e Piven viram nessa estratégia uma mina de ouro de oportunidades. Dentro dos grupos recém-organizados, cada ofensiva encontraria uma ampla gama de recrutas dispostos a promover sua agenda radical por pouco ou nada em troca, e a expandir a sua base de eleitores confiáveis, legais ou não. As táticas ameaçadoras dos radicais construiriam ainda uma reputação intimidadora, gerando inúmeras oportunidades de extorquir dinheiro e outras concessões das organizações-alvo. Enquanto isso, ofensivas bem-sucedidas afundariam cada vez mais a sociedade. Como eles observaram, deliciados:

Ademais, esse tipo de influência de massa é cumulativa, pois os benefícios são contínuos. Uma vez estabelecida a elegibilidade para subsídios básicos de comida e aluguel, o ralo nos recursos locais prosseguirá indefinidamente.


Na próxima vez que vocês dirigirem por um dos muitos bairros empesteados das nossas cidades, ou lerem sobre a criminalidade astronômica, o vício em drogas, as taxas de natalidade fora do controle, ou refletirem sobre as escolas falidas, a polícia atada e os recursos dos bombeiros de cada grande cidade, lembre-se da excitação de Cloward e Piven ao preverem que "o ralo nos recursos locais prosseguirá indefinidamente."


ACORN, a nova ponta-de-lança Cloward-Piven

Em 1970, um dos protegidos de George Wiley, Wade Rathke – como Bill Ayers, um membro da radical Students for a Democratic Society (SDS - Estudantes para uma Sociedade Democrática) – foi mandado para fundar a Arkansas Community Organizations for Reform Now (Organização Comunitária do Arkansas para a Reforma Agora). Ainda que a NWRO tivesse tido um bom começo, ela sozinha era incapaz de atingir os objetivos de Cloward-Piven. O grupo de Rathke ampliou a ofensiva para incluir uma ampla gama de "direitos" para as pessoas de baixa renda. Pouco tempo depois, eles trocaram o "Arkansas" por "Association of," e a ACORN tornou-se uma organização nacional.

Hoje a ACORN está envolvida em uma ampla variedade de atividades, incluindo habitação, direitos eleitorais, imigração ilegal e outros. De acordo com o site da ACORN: "A ACORN é a maior organização comunitária de base para pessoas de baixa renda do país, com mais de 400.000 famílias afiliadas, organizadas em mais de 1.200 filiais, em bairros de 110 cidades ao redor do país." Ela é talvez o mais radical grupo em ação nos EUA, e tem sido acusada pela prática generalizada de atividades criminosas em vários fronts.


Eleições

Quanto a direitos eleitorais, a ACORN e a sua subsidiária de mobilização eleitoral, a Project Vote, estão envolvidas nacionalmente em esforços para garantir o direito a voto a criminosos condenados, e fizeram pesado lobby em favor do Motor Voter Act de 1993, uma lei que autoriza as pessoas a se registrarem para votar em departamentos de trânsito, escolas, bibliotecas e outros lugares públicos. Esta lei era perseguida por Cloward e Piven desde o início da década de 1980, e ambos estavam presentes, atrás do presidente Bill Clinton, na cerimônia de assinatura da lei.

A tática da ACORN em relação a direitos eleitorais segue a Estratégia Cloward-Piven:

  1. Registrar o maior número possível de eleitores Democratas, legais ou não, e ajudá-los a votar, várias vezes se possível.
  2. Sobrecarregar o sistema com registros fraudulentos, usando múltiplas entradas com o mesmo nome, nomes de mortos, nomes aleatórios da lista telefônica, e até mesmo nomes inventados.
  3. Tornar o sistema difícil de controlar, através do lobby pelas exigências mínimas de identificação.

Nesse esforço, a ACORN cria locais de registro por todo o país, e tem sido freqüentemente acusada de entregar registros fraudulentos e de destruir registros republicanos. Apenas no período das eleições de 2004-2006, a ACORN foi acusada de fraude eleitoral generalizada em 12 Estados, e pode ter conseguido virar a eleição de um governador estadual.

O website da ACORN se vangloria: "Desde 2004, a ACORN tem ajudado mais de 1,7 milhões de cidadãos de baixa e moderada renda a proceder o registro eleitoral." O Project Vote diz que foram 4 milhões. Eu me pergunto quantos deles estão mortos. Para o ciclo eleitoral de 2008, a ACORN e o Project Vote não tiveram escrúpulos. Dada a intensidade de seus esforços por todo o país, não é inconcebível que essa corrida presidencial possa ser decidida apenas por votos fraudulentos.

Barak Obama dirigiu o Project Vote da ACORN em Chicago, e a sua extremamente bem-sucedida campanha de registro eleitoral foi apontada como responsável pela eleição da ex-Senadora Carol Moseley-Braun, caída em desgraça. A Newsmax enfatiza as aspirações de Cloward e Piven para os esforços de registro eleitoral da ACORN:

Ao defender massivas campanhas de registro eleitoral sem nenhum controle, eles [Cloward e Piven] buscavam uma administração Democrata em Washington D.C., que redistribuiria a riqueza nacional e levaria o país a um estado socialista totalitário.

Imigração Ilegal

Como escrevi em outro lugar, a ofensiva da Esquerda Radical para promover a imigração ilegal é "Cloward-Piven ao quadrado." A ACORN está na dianteira também desse movimento, e foi a líder de uma vasta coalizão de grupos radicais, incluindo a Soro's Open Society Institute, a Service Employees International Union (o fundador da ACORN, Wade Rathke, também dirige uma filial da SEIU), e outras, que se tornaram a Coalition for Comprehensive Imigration Reform (Coalizão para uma Reforma Compreensiva da Imigração). A CCIR felizmente fracassou em conseguir fazer passar a lei de anistia para imigrantes ilegais de 2007, mas seus objetivos continuam os mesmos.

O fardo da imigração ilegal em nosso já sobrecarregado sistema de Previdência já foi amplamente documentado. Algumas cidades na Califórnia já foram inclusive tomadas por cartéis de narcotráfico de imigrantes ilegais. A doença, o crime e a superlotação trazidas pelos imigrantes ilegais pesa sobre cada segmento da sociedade e cada instância de governo, ameaçando dividir o país com um abismo. Enquanto isso, os esforços dos esquerdistas radicais em dar cidadania a imigrantes ilegais garante uma quantidade enorme de novos eleitores Democratas e, com quase nenhum controle de fronteira, terroristas também conseguem entrar.

Obama auxiliou a ACORN como advogado principal em um processo bem-sucedido que ele moveu contra o governo de Illinois para implementar no Estado o Motor Voter Act. O governador republicano Jim Edgars havia resistido à lei, por temer que ela fosse uma abertura para a fraude eleitoral generalizada.

Seus temores eram justificados, pois o Motor Voter Act tem sido desde então apontada como uma grande oportunidade de fraude eleitoral, especialmente para imigrantes ilegais, incluindo terroristas. De acordo com o Wall Street Journal: "Depois do 11 de Setembro, o Departamento de Justiça descobriu que oito dos 19 seqüestradores eram eleitores registrados. . ."

As duas ofensivas da ACORN, em eleições e imigração ilegal, são convenientemente complementares. Ambas incham as listas de eleitores com Democratas fiéis, enquanto a ACORN, atacando o país, procura arruiná-lo com uma sobrecarga de novos problemas.


Crise imobiliária

E agora nós temos a crise imobiliária, que atingiu Wall Street com uma onda de choque e levou pânico aos mercados financeiros mundiais como nenhuma outra desde a quebra da bolsa de valores em 1929. Mas esse é um problema criado em Washington há muito tempo atrás. Ele teve início com o Community Reinvestment Act (CRA - Ato do Reinvestimento Comunitário), assinado em 1977 pelo presidente Jimmy Carter. O CRA foi a resposta de Carter a um movimento ativista iniciado em Chicago, e forçou bancos a darem empréstimos a clientes de baixa renda e alto risco. Phil Gramm, doutor em economia e ex-senador pelo Texas, o chamou de "um vasto esquema de extorsão contra os bancos nacionais."

A ACORN buscou agressivamente a expansão de empréstimos para grupos de baixa renda usando o CRA como açoite. O economista Stan Leibowitz escreveu no New York Post:

Nos anos 80, grupos como os ativistas da ACORN começaram a apresentar denúncias de redlining,[3] alegando discriminação dos bancos contra minorias em empréstimos imobiliários. Em 1989, membros simpatizantes do Congresso conseguiram emendar o Home Mortgage Disclosure Act (Ato de Divulgação de Empréstimos Imobiliários), para forçar os bancos a coletar dados raciais em pedidos de empréstimos, o que estimulou a realização de vários estudos, que pareceram validar a acusação original.

De fato, pedidos de empréstimos de minorias eram rejeitados mais freqüentemente do que outros – mas a razão esmagadora não era discriminação racial, mas simplesmente o fato de que minorias tendem a ter piores finanças.

A ACORN mostrou a cara novamente em 1991, ao ocupar a sala do House Banking Committee por dois dias para protestar contra esforços para limitar o CRA. Obama representou a ACORN no processo Buycks-Robertson vs. Citibank Fed. Sav. Bank, de 1994, contra a prática de redlining. Mais significativo ainda, a ACORN foi a grande força por trás da revisão regulatória de 1995 promovida pelo governo Clinton, que expandiu enormemente o CRA e abriu o caminho para que Fannie Mae e Freddie Max produzissem a crise que nós confrontamos hoje. Barack Obama era o advogado da ACORN nesse esforço. Com esta nova autoridade, a ACORN usou sua subsidiária, a ACORN Housing, para promover empréstimos de alto risco (subprime) mais agressivamente.

Como um artigo no New York Post descreve:

Um fortalecimento do Community Reinvestment Act em 1995 obrigou os bancos a encontrar maneiras de distribuir empréstimos para suas comunidades mais carentes, e permitiu que ativistas comunitários interferissem em revisões bancárias anuais, sacudindo os bancos para tirar deles grandes quantidades de dinheiro.

Os bancos que receberam revisões negativas foram punidos; alguns viram seus planos de fusão frustrados; outros foram diretamente interpelados pelo Departamento de Justiça.

Programas de empréstimos flexíveis se expandiram, muito embora eles tivessem taxas mais altas do que os empréstimos tradicionais. Na internet, vocês ainda podem encontrar empréstimos disponíveis pelo CRA via ACORN com "100 por cento de financiamento. . . sem avaliação de crédito. . . sem comprovação de renda. . . mesmo que você não o inclua na sua declaração de imposto de renda." Aconselhamento financeiro é obrigatório, é claro.

Ironicamente, um relatório entusiasmado da Fannie Mae Foundation selecionou um paradigma de empréstimo não-discriminatório, uma instituição que trabalhava com ativistas comunitários e seguia "os mais flexíveis critérios de seguro permitidos." O 1 bilhão de dólares que esta instituição destinou a empréstimos de baixa renda em 1992 cresceu para 80 bilhões em 1999, e para 600 bilhões no início de 2003.

A instituição da qual eles falavam era a Countrywide, que se especializou em empréstimos subprime e que mantinha um relacionamento de parceria com a ACORN.

O Investor's Business Daily acrescentou:

As revisões também permitiram pela primeira vez a securitização de empréstimos regulados pelo CRA que continham hipotecas de alto risco (subprime). As mudanças aconteceram na medida em que grupos radicais de "direitos habitacionais," liderados pela ACORN, faziam lobby por esses empréstimos. A ACORN naquela época era representada por um jovem advogado do interesse público em Chicago chamado Barack Obama. (Ênfase minha.)

Uma vez que esses empréstimos seriam assumidos por Fannie Mae e Freddie Mac, que por sua vez eram patrocinados pelo governo, a garantia implícita do governo sobre esses empréstimos liberou os financiadores, bundlers[4] e investidores de qualquer preocupação com o risco óbvio. Como o Bloomberg descreveu: "Esse é um caso clássico de socialização de riscos e privatização de lucros."

E se vocês pensam que os políticos de Washington se importaram com a influência negativa da ACORN, pensem melhor. Antes de todo esse problema vir à tona, uma lei patrocinada pelos Democratas teria criado um "Affordable Housing Trust Fund" (Fundo Fiduciário de Custeio Habitacional), que daria à ACORN acesso a aproximadamente 500 milhões de dólares dos rendimentos da Fannie Mae e Freddie Mac, com pouca ou nenhuma vigilância.

E mesmo agora, inacreditavelmente – com o país à beira do desastre – os Democratas têm insistido que a ACORN se beneficie das negociações de bailout! O Senador Lindsay Graham afirmou, ontem à noite (25/09/08), numa entrevista com Greta Van Susteren para o On the Record, que os Democratas querem que 20 por cento do dinheiro do socorro governamental (bailout) vá para a ACORN!

Todo esse fiasco representa talvez o auge dos esforços da ACORN para promover a Estratégia Cloward-Piven, e é uma demonstração perfeita do poder que eles possuem em Washington.


Obama entra em cena

Numa tentativa de capturar o significado das conexões de Barack Obama com a Esquerda Radical e sua relação com a Estratégia Cloward-Piven, eu construí o mapa abaixo. Ele não está completo de modo algum; o número de indivíduos e organizações radicais é simplesmente grande demais para que todos fossem incluídos aqui. Mas estes talvez sejam os mais significativos:




O mapa põe Barack Obama no epicentro de uma incestuosa rede de esquerdismo radical americano. Suas conexões não são somente significativas: elas praticamente definem quem ele é. Juntas, elas constituem um "quem é quem" da esquerda radical americana e, guiando a todos, lá está a Estratégia Cloward-Piven.

Notáveis por suas ausências são quaisquer conexões com qualquer outro grupo, seja moderado, ou mesmo esquerdista light. Eles são todos radicais, firmemente unidos na mesma malha antiamericana, comunista, socialista, esquerdista radical.


Saul Alinsky

A maioria das pessoas não sabe que Barack Obama recebeu seu treinamento em "organização comunitária" da Industrial Areas Foundation, de Saul Alinsky. Mas ele recebeu. Isso marca, por si só, a sua herança e o seu treinamento como sendo os de um radical ativista. Ninguém precisaria ir mais fundo. Mas nós fomos.


Bill Ayers

Obama nega ser associado ao terrorista da SDS Bill Ayers, e afirma estar sendo difamado com "culpa por associação." Mas eles trabalharam juntos no Woods Fund. O Wall Street Journal aumentou substancialmente o nosso conhecimento ao descrever detalhadamente o trabalho de Obama por cinco anos com o terrorista da SDS Bill Ayers na diretoria de uma ONG, a Chicago Annenberg Challenge, impondo a sua agenda radical a crianças da rede pública. Como Stanley Kurtz declara:

". . . a questão aqui não é de culpa por associação; é de culpa por participação. Enquanto presidente da CAC, o senhor Obama apoiava moral e financeiramente o senhor Ayers e o seu círculo radical. Isso seria digno de interesse mesmo que o senhor Ayers nunca tivesse plantado uma única bomba 40 anos atrás."

Também incluída no bolo está a instituição de caridade preferida de Theresa Heinz Kerry, a Tides Foundation. Uma lista parcial dos beneficiários da Tides diz tudo que é preciso saber: ACLU, ACORN, Center of American Progress, Center for Constitutional Rights (um front comunista), CAIR, Earth Justice, Institute for Policy Studies (um ninho de espiões da KGB), National Lawyers Guild (o front comunista mais antigo dos EUA), People for the Ethical Treatment of Animals (PETA), e praticamente todos os outros grupos radicais que existem. Wade Rathke, da ACORN, dirige uma subsidiária da Tides, a Tides Center.


Carl Davidson e o New Party

Nós temos ouvido falar do terrorista Bill, mas pouco ouvimos a respeito do seu companheiro de SDS Carl Davidson. De acordo com o Discover the Networks, Davidson foi um antigo aliado de Barack Obama e um proeminente membro do New Party de Chicago, que é uma síntese de membros da CPUSA, socialistas, veteranos da ACORN e outros radicais. Obama procurou e recebeu o endosso do New Party, e eles o ajudaram na campanha. O New Party também desenvolveu uma relação forte com a ACORN. Como um excelente artigo sobre o New Party observa: "Barack Obama sabia no que estava se metendo, e continua sendo, para o New Party, um candidato ideal."


George Soros

O mapa sugere a razão do fervor com que George Soros apóia Obama. O presidente da sua Open Socieaty Institute é Aryeh Neier, fundador do radical Students for a Democratic Society (SDS). Como mencionado acima, três outros ex-membros da SDS tiveram extenso contato com Obama: Bill Ayers, Carl Davidson e Wade Rathke. Certamente Aryeh Neier teria ouvido de seus antigos colegas sobre o novo político promissor. E, o que é mais importante, Neier está firmemente empenhado em apoiar a imensamente bem-sucedida organização radical, a ACORN, e certamente apoiaria seu candidato favorito, Barack Obama.


ACORN

Obama dedicou uma grande parte da sua vida profissional trabalhando para a ACORN ou suas subsidiárias, representando a ACORN como advogado em algumas das suas mais críticas questões, e treinando seus líderes. O excelente artigo de Stanley Kurtz para a National Review, "Inside Obama´s Acorn," também descreve em detalhes as conexões de Obama com a ACORN. Mas eu não posso melhorar as próprias palavras de Obama:

Eu tenho lutado durante toda a minha carreira ao lado da ACORN nos problemas que preocupam vocês. Mesmo antes de eu ser eleito, quando eu administrava o movimento de registro de eleitores do Project Vote em Illinois, a ACORN estava bem no meio de tudo, e nós somos gratos pelo seu trabalho. – Barack Obama, discurso para a ACORN, novembro de 2007. (Contesia da Newsmax. A ênfase é minha.)


Em outro excelente artigo sobre as conexões de Obama com a ACORN, a Newsmax faz uma pergunta perturbadora:

Seria revelador saber se Obama, durante os seus anos em Columbia, teve a oportunidade de encontrar Cloward e estudar a Estratégia Cloward-Piven.

Eu pergunto a vocês: é possível que a ACORN tivesse treinado Obama para ocupar posições de liderança dentro da própria ACORN sem dizer a ele para que ele estava sendo treinado? É possível que a ACORN pusesse Obama em posições de liderança sem informá-lo a respeito dos objetivos? É possível que a mais radical das organizações pusesse alguém para treinar seus treinadores, sem que ele soubesse para que ele os treinava?

Enquanto ativista comunitário da ACORN; enquanto treinador de lideranças da ACORN; enquanto organizador principal do Project Vote da ACORN; enquanto advogado representando os bem-sucessivos esforços da ACORN em impor os regulamentos do Motor Voter Act em Illinois; enquanto representante da ACORN nos lobbies para a expansão de empréstimos imobiliários de alto risco através da Fannie Mae e Freddie Mac que levaram à crise atual; enquanto político assistido pela ACORN em suas campanhas políticas – tanto com dinheiro quanto com funcionários de campanha; é duvidoso que ele desconhecesse os verdadeiros objetivos da ACORN. É duvidoso que ele não soubesse da Estratégia Cloward-Piven.

Avancemos para 2005, quando um obsequioso, serviçal e ruidoso Daniel Mudd, CEO da Fannie Mae, se pronunciou perante o Congressional Black Caucus na cerimônia de juramento do recém-eleito Senador de Illinois, Barack Obama. O Congressional Black Caucus, disse Mudd, é "nossa família," a "a consciência da Fannie Mae."

Em 2005, Republicanos procuraram apertar as rédeas de Fannie e Freddie. O Senador John McCain liderava esse esforço, que fracassou devido a um intenso esforço de lobby de Fannie e Freddie.

Em seus poucos anos como senador americano, Obama recebeu $126.349 em contribuições de campanha de Fannie e Freddie, tendo sido superado apenas pelo Senador Chris Dodd ($160.400), que vinha recebendo doações desde 1988. O que torna Obama tão especial?

Seus conselheiros mais próximos formam uma lista negra de indivíduos que estão no coração da crise financeira: o ex-CEO da Fannie Mae Jim Jonhson; o ex-CEO da Fannie Mae e antigo Diretor de Orçamento de Clinton Frank Raines; e o bilionário membro da Diretoria do falido Superior Bank of Chicago, Penny Pritzker. Johnson precisou deixar seu cargo, de conselheiro de Obama na busca por seu vice-presidente, depois que essa pérola surgiu.

Um relatório do Office of Federal Housing Enterprise Oversight (OFHEO), de setembro de 2004, descobriu que durante o exercício de Johnson como CEO, a Fannie Mae impropriamente adiou $200 milhões em despesas, o que possibilitou que seus executivos-chefes, incluindo Johnson e seu sucessor, Franklin Raines, recebessem bônus substanciais em 1998. Um relatório de 2006 da OFHEO descobriu que os números divulgados pela Fannie Mae são muito menores dos que os efetivamente recebidos por Johnson em compensações. Originalmente ela havia reportado compensações entre 6 e 7 milhões de dólares, quando Johnson, na verdade, recebeu algo em torno de 21 milhões.

Obama nega ligações com Raines, mas o Washington Post fala de Raines como membro do "círculo político de Obama." Raines e Johnson foram multados em $3 milhões pelo OFHEO pela manipulação dos registros da Fannie. A multa é uma ninharia, contudo, quando comparada aos $50 milhões que Raines conseguiu obter em bônus impróprios através de suas fraudes.

Mais significativamente, Penny Pritzker, atual Chefe de Finanças da campanha presidencial de Obama, ajudou a desenvolver, na qualidade de acionista e membro executivo do Superior Bank, o complicado esquema de proteção sobre investimentos de alto risco que está no coração do desastre. O banco faliu em 2001, levando consigo $50 milhões em poupanças não seguradas de aproximadamente 1.400 clientes. Penny foi citada em um processo sob a Racketeer Influenced and Corrupt Organizations Act (RICO - Lei das Organizações Corruptas e Vítimas de Extorsão), mas não parece ter saído dele tão mal.

Como um jovem advogado nos anos 90, Barack Obama representou a ACORN em Washington em seus vitoriosos esforços para expandir a autoridade do Community Reinvestment Act (CRA). Alem de facilitar a ação dos grupos da ACORN, de obrigar bancos a dar empréstimos de alto risco, isso também abriu caminho para que bancos como o Superior inserissem hipotecas no rol de investimentos, e para que as GSE's[5] Fannie Mae and Freddie Mac as endossassem. Essas mudanças criaram as condições que, no fim, levaram à crise financeira atual.

Eles sabiam que isso iria ocorrer? Será que essas pessoas inteligentes, liderados por um graduado em Harvard, desconheciam o conceito de risco moral, primário em economia, que resultaria do fato do governo garantir implicitamente o endosso de riscos financeiros do setor privado? Eles tinham que saber que, livrando o mercado de empréstimo de alto risco dos riscos, a calamidade viria com certeza. Eu creio que eles sabiam.

Barack Obama, o candidato da Cloward-Piven, independentemente de como ele descreve a si mesmo, tem sido um radical ativista na maior parte de sua carreira política. Esse ativismo tem sido em suporte de organizações e iniciativas que, em suas essências, buscam derrubar os pilares da nação e substituí-los por seus malucos sonhos socialistas. Sua influência se espalhou tão ampla e profundamente que, apesar de sua culpa evidente na atual crise financeira, eles conseguiram manipular os políticos do Capitólio e levar um pedaço de $140 bilhões do bolo do bailout!

Deus há de dar aos poucos políticos responsáveis que ainda existem em Washington a força para impedir essa fraude maciça. Deus há de dar-lhes coragem para se levantar e encarar o tsunami Marxista.

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[1] James Simpson é ex-economista da Casa Branca e analista financeiro. Seus textos já apareceram em American Thinker, Washington Times, FrontPage Magazine, e DefenseWatch, entre outros. Edita o blog Truth and Consequences. voltar

[2] Traduzido por Leandro Silva. Revisado por Olavo de Carvalho e Eduardo Dipp (meus sinceros agradecimentos). voltar

[3] Redlining: prática bancária – ilegal nos EUA – de recusar empréstimos ou qualquer outro tipo de crédito a populações de certas áreas geográficas consideradas de alto risco. [N.T.] voltar

[4] Bundler: Profissional que coleta e reúne contribuições de indivíduos em comunidades, e as apresenta de forma unificada. [N.T.] voltar

[5] GSE's: Government Sponsored Enterprises, isto é, empresas que, ainda que privadas, com o suporte do governo federal e assumem responsabilidades públicas. Literalmente, "Empresas Patrocinadas pelo Governo." [N.T.] voltar